O exemplo demasiado perfeito de Isabel II
Bagehot escreveu que o monarca deveria desejar apenas três direitos: “o direito de ser consultado, o direito de encorajar e o direito de prevenir”.
No início de O Leopardo, de Lampedusa, o Príncipe de Salina imagina uma discussão com Málvica, seu cunhado, sobre a ideia monárquica. Ambos concordam que o rei “representa a ordem, a continuidade, a decência, o direito e a honra”. Málvica acha que a ideia sobreviverá sempre às insuficiências dos protagonistas circunstanciais: “um determinado rei pode não estar à altura da função, mas a ideia monárquica permanece válida na mesma”. Salina é mais céptico: “Os reis que encarnam uma ideia não podem descer abaixo de um certo nível; senão também a ideia sofre com isso”.
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