“O nosso turismo está em alta porque nós vendemos segurança e não rapidez e simpatia”, diz sindicalista do SEF

Para Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, as medidas anunciadas pelo Ministro da Administração Interna ajudam a menorizar os problemas, mas não os resolvem.

Foto
Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF). ANTÓNIO COTRIM

Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF), diz que as medidas anunciadas pelo Ministro da Administração Interna (MAI), José Luís Carneiro, são bem-vindas porque menorizam os problemas, mas não os resolvem.

“Não conheço as medidas ainda em concreto, mas não vão resolver um problema que é estrutural”, afirmou, sublinhando que a ANA aeroportos preferiu há vários anos investir em espaços comerciais em vez de postos de posições de atendimento”.

E quanto aos constrangimentos que o plenário de trabalhadores do SEF provocou no domingo, no aeroporto de Lisboa, Acácio Pereira tem a resposta pronta: “Foi uma situação pontual. E é preciso perceber uma coisa: o turismo está em alta porque nós vendemos segurança e não rapidez e simpatia”.

O sindicalista sublinha que, “para existir segurança, muito contribui o SEF e que se Portugal não for um país seguro, ninguém vem para cá”.

Acresce que houve outros aeroportos com problemas no fim-de-semana. Segundo Acácio Pereira, houve esperas de três horas ou mais em Barcelona, aeroportos de Inglaterra e Bruxelas. “Não podemos ter uma visão de paróquia”, disse.

Em declarações à CNN, Renato Mendonça, presidente do Sindicato dos Inspectores de Investigação e Fiscalização das Fronteiras (SIIFF), disse por sua vez que há uma abertura do Governo para chegar a um acordo com carácter vinculativo no que diz respeito ao futuro dos inspectores do SEF.

Porém, o sindicalista deixou o aviso de que, se esse acordo falhar, o sindicato avança para tribunal com uma intimação de protecção de direitos, liberdades e garantias. Sobre o facto de os trabalhadores sugerirem uma greve como medida de contestação, Renato Mendonça disse apenas que ainda nada está decidido.

Sugerir correcção
Ler 6 comentários