Guerra na Ucrânia hoje: o que precisa de saber
Foram retirados 264 militares da fábrica de siderurgia Azovstal, em Mariupol, mas as operações continuam, uma vez que ainda há soldados dentro do complexo.
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- Especial: Guerra na Ucrânia
► Foram retirados 264 militares da fábrica de siderurgia Azovstal, em Mariupol, durante a noite de segunda-feira mas ainda há soldados dentro do complexo. Segundo a Ucrânia, 53 soldados estavam gravemente feridos e foram transportados para uma unidade hospitalar na cidade vizinha de Novoazovsk, controlada pelas forças russas.
► As operações de resgate continuaram esta terça-feira, com a saída da siderúrgica de mais sete autocarros com combatentes ucranianos.
► Mais de 400 militares russos terão morrido ou ficado feridos quando tentavam atravessar o Rio Donets, nas regiões de Lugansk e Donetsk. O governador regional de Lugansk afirmou que as perdas russas ascendem a mil homens, enquanto os serviços secretos britânicos adiantam que Moscovo perdeu “uma quantidade significativa de veículos blindados” quando foram surpreendidos pela artilharia ucraniana.
► A Ucrânia terminou a operação de defesa da siderurgia Azovstal, em Mariupol. A retirada do Batalhão Azov significa que a Rússia passa a ter o controlo total sobre a cidade portuária 82 dias depois.
►A Ucrânia planeia trocar os 53 militares feridos retirados da Azovstal por prisioneiros de guerra russos, mas o Parlamento russo planeia proibir a hipótese, uma vez que os “criminosos nazis” não devem ser trocados por militares russos. Contudo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os combatentes vão ser tratados “de acordo com os padrões internacionais”.
► A cidade de Sumi, no nordeste do país, foi alvo de ataques durante a madrugada desta terça-feira, causando pelo menos cinco feridos. Na aldeia de Desna, em Chernihiv, pelo menos oito pessoas morreram e 12 ficaram feridas. Lviv, perto da fronteira polaca, também foi alvo de bombardeamentos russos, mas até à data não há registo de vítimas ou danos materiais.
►Rússia afirmou que Moscovo e Kiev não mantêm quaisquer negociações. “Não, as negociações não estão a acontecer. A Ucrânia retirou-se praticamente do processo de negociação”, afirmou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Andrey Rudenko.
► O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu ao chanceler alemão, Olaf Scholz, a ajuda prestada desde o início da invasão, mas voltou a apelar a um aumento de sanções contra Moscovo. O líder ucraniano pediu a Scholz para acelerar a entrada da Ucrânia na UE.
► O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse esta terça-feira a Zelensky que França irá intensificar o envio de armas para a Ucrânia. Numa chamada telefónica entre os dois líderes, Macron declarou também que França está preparada para responder a pedidos de ajuda adicionais.
► A cerimónia de abertura do 75.º Festival de Cannes, realizada esta terça-feira, contou com a transmissão de uma mensagem de Volodymyr Zelensky. O Presidente ucraniano defendeu que é necessário “um novo Chaplin para provar que o cinema não é mudo” diante da guerra na Ucrânia, num discurso a partir de Kiev.
► O Kremlin afirmou que seria um “roubo total” se o G7 e a União Europeia permitissem que a Ucrânia se aproprie das reservas financeiras actualmente congeladas da Rússia e acrescentou que a acção não só seria ilegal como exigiria uma resposta apropriada de Moscovo.
► O Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança da EU, Josep Borrell, assegurou que todos os Estados-membros da UE vão apoiar a Finlândia e a Suécia na adesão à NATO. Borrell acrescentou ainda que “espera” que a NATO consiga ultrapassar as objecções da Turquia à tentativa da Suécia e da Finlândia de fazerem parte da Aliança.
► A Rússia expulsou dois funcionários da Embaixada da Finlândia em Moscovo pelas sanções contra o país e a “postura de confronto” que inclui a entrega de armas a Kiev. O Kremlin acusou ainda Helsínquia de encobrir crimes de nacionalistas ucranianos contra os habitantes do Donbass.
► O Parlamento da Finlândia aprovou uma proposta de candidatura à adesão à NATO com 188 votos a favor e oito contra.