Aos 99 anos, Dona Albertina dirige um jornal e ainda faz licor de medronho

O jornal Ecos da Serra leva aos emigrantes — há mais de século — notícias com cheiro a medronho e sabores a bolinhos de figo com amêndoas. No interior de Loulé, Alte é uma aldeia global.

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Albertina Sales da Palma Madeira, 99 anos, directora do jornal Ecos da Serra Rui Gaudêncio

A vida sorri a Albertina Madeira, de 99 anos, como as flores silvestres que encontra pelo campo. “Vai um copinho de licor de medronho?”, pergunta, só para início de conversa. A directora do Ecos da Serra — o “jornalinho”, como lhe chama — leva as notícias de Alte aos emigrantes e reforça os laços sociais e afectivos na comunidade. A anciã não casou, não tem filhos, mas foi madrinha de 30 crianças. “Conheço todos os meus afilhados pelo nome”, diz, orgulhosa a Dona Albertina, como é tratada pelos seus conterrâneos. Por coincidência — ou talvez não — abriu, recentemente, do outro lado da rua onde vive o Observatório Nacional do Envelhecimento Activo.

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