Ucrânia termina missão para defender Azovstal

Militares retirados da Azovstal chegam a cidade controlada por separatistas pró-russos. Foram resgatados até ao momento mais de 260 militares, 53 dos quais feridos com gravidade.

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Combatentes ucranianos feridos resgatados da Azovstal chegam a Novoazovsk Reuters/ALEXANDER ERMOCHENKO
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Combatentes ucranianos feridos resgatados da Azovstal chegam a Novoazovsk Reuters/ALEXANDER ERMOCHENKO

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia disse ao início da madrugada desta terça-feira que deu por terminada a operação de defesa da siderurgia Azovstal. “A guarnição ‘Mariupol’ cumpriu a sua missão de combate”, diz o comunicado citado pela agência Reuters. O comando militar prometeu resgatar todos os militares que ainda se encontram no interior do complexo.

O anúncio acontece após a saída dos militares feridos que se encontravam retidos na siderurgia.

Cinco autocarros e um veículo blindado de transporte com militares retirados da fábrica Azovstal chegaram esta segunda-feira a Novoazovsk, de acordo com testemunhas da Reuters.

Imagens de Novoazovsk mostram alguns dos militares a serem transportados para fora dos veículos em macas. Terão sido levados para um hospital na região controlada pelos separatistas pró-russos.

Esta segunda-feira, uma testemunha relatou a saída de cerca de uma dúzia de autocarros da siderurgia, mas nem todos seguiram para Novoazovsk. De acordo com informação avançada pelos meios de comunicação russos e ainda por confirmar, alguns dos autocarros seguiram para outro local.

Segundo um vídeo do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foram resgatados até ao momento mais de 260 soldados ucranianos. As Forças Armadas da Ucrânia falam em 264, dos quais 53 gravemente feridos.

Os 211 combatentes que não estão feridos com gravidade foram retirados para Olenivka, cerca de 100 quilómetros a norte de Novoazovsk, também território controlado pelos russos. Estes regressarão a domínios controlados pelas forças ucranianas “através do procedimento de troca”, referem as Forças Armadas numa publicação no Facebook. Na passada quarta-feira, Kiev propôs a Moscovo a troca de feridos abrigados na Azovstal por prisioneiros de guerra russos.

O resgate de soldados foi também confirmado pelo batalhão Azov, que nas redes sociais elogiou os combatentes que “cumpriram a ordem” do Conselho Supremo da Ucrânia de “salvar vidas”.

“Para salvar vidas, toda a guarnição de Mariupol cumpriu a ordem aprovada pelo comando militar e aguarda o apoio do povo ucraniano”, disse o batalhão Azov numa mensagem publicada nas redes sociais.

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