Afinal o que é mais grave para a Faculdade de Direito?

A FDUL agiu e instaurou rapidamente processo disciplinar. Não aos eventuais docentes assediadores, mas ao professor que sugeriu a abertura do canal para denúncias de assédio.

No Twitter comecei a ler, aqui e ali, publicações sobre processos disciplinares na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. De início fiquei agradavelmente surpreendida. Supus que a universidade estava finalmente (finalmente!) a fazer todas as diligências adequadas ao sossego e à proteção dos alunos (no caso: das alunas), instaurando processos disciplinares aos 10% dos docentes da FDUL que foram objeto de denúncias de assédio através do canal aberto pela própria instituição para este fim. Seria muito compreensível, que o caso é grave. Em somente 11 dias foram recebidas 50 queixas validadas sobre 31 professores. Como sempre nestes casos – os assediadores são usualmente assediadores em série – sete docentes da instituição receberam mais de metade das queixas validadas (o que é em si mesmo um indício fortíssimo da verdade das denúncias).

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