A história do acolhimento dos refugiados na Câmara de Setúbal não é apenas um exemplo de falta de sensibilidade e empatia com cidadãos que atravessam a Europa para fugir a uma guerra e são entrevistados por cidadãos suspeitos de ligações ao regime que os agrediu. O que está também em causa são graves indícios de disfuncionalidade no aparelho do Estado em questões sensíveis como a segurança interna. Considerar que este problema está limitado às opções da autarquia é uma forma de olhar para o acessório, que é grave, sem considerar o essencial, que é grave e preocupante.