Autores de um dos discos mais surpreendentes do ano, os caroline estreiam-se em Portugal

Neste octeto britânico que se revelou em Fevereiro com um álbum homónimo, fundem-se, de uma forma tão natural quanto entusiasmante, folk, minimalismo, noise e explosões pós-rock. Luz e sombra, ruído intenso e silêncio salvador. Esta quinta-feira chegam à Galeria Zé dos Bois, em Lisboa.

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Os caroline são um novo nome da entusiasmante vaga britânica que revelou black midi ou Black Country, New Road Tom Whitson

Vivemos tempos excitantes, com novas formas que emergem, sons que canalizam uma qualquer verdade. Vivemos tempos inquietantes, com mil perigos à solta e desejos de mudança eivados de frustração. Quando os caroline (assim mesmo, em caixa baixa) perguntam, entre o grito e a dúvida, “can I be happy in this world?”, quando dizem que o mundo terá de mudar, porque não lhes serve, quando o fazem nesta música onde raízes folk se expandem até locais inimagináveis, explodindo em arrebatamentos free (jazz, rock, o que quer que lhe queiram chamar), estão a mostrar-nos exactamente o que tem de entusiasmante e de inquietante o agora que vivemos.

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