Sobre assédio sexual
Que o problema existe nos tribunais seria capaz de apostar, mas os órgãos que gerem as magistraturas – os conselhos superiores e os presidentes e coordenadores dos tribunais – não estão preparados nem revelam ter grande interesse em lidar com isso.
A International Bar Association publicou em 2019 um relatório sobre assédio sexual nas profissões jurídicas, com 7 mil inquéritos feitos em 135 países (Us Too? Bullying and Sexual Harassment in the Legal Profession). No sector judiciário, o número de mulheres que assinalaram terem sido vítimas de assédio sexual foi de 46,6%. Sem espanto, foram poucas as que denunciaram esses comportamentos: 75,4% nunca denunciaram, 13,6% denunciaram às vezes e apenas 7,3% denunciaram sempre.
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