Apple lança programa para utilizadores repararem o seu próprio iPhone

O programa, anunciado em Novembro, já está disponível nos Estados Unidos para os modelos do iPhone 12, iPhone 13 e iPhone SE (3ª geração).

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Os utilizadores podem comprar manuais de reparação, alugar ferramentas e trocar componentes novas por estragadas Daniel Rocha

Os donos de produtos Apple nos Estados Unidos já podem optar pelo serviço de auto-reparação da empresa para corrigir pequenos estragos em vez de enviar os telemóveis para arranjo. Esta quarta-feira, a empresa disponibilizou manuais de reparação para vários modelos, bem como material para os arranjar na loja online Self Service Repair. O programa está a arrancar nos Estados Unidos, mas a empresa quer expandi-lo a mais países, começando pelo mercado europeu, até ao final do ano.

O sistema de auto-reparação, anunciado em Novembro do ano passado, consiste na compra ou aluguer de manuais de instruções, ferramentas e componentes originais da Apple. Para já, o programa apenas fornece componentes (baterias, ecrãs, câmaras, tabuleiros para o cartão SIM) e manuais para corrigir modelos do iPhone 12, iPhone 13 ou iPhone SE (3ª geração), mas o plano é expandir a oferta a computadores e outros aparelhos da marca.

“As peças são as mesmas — vendidas ao mesmo preço — que as [peças] enviadas para a rede de fornecedores de reparação autorizados da Apple. Para certas reparações, os clientes receberão um crédito quando devolverem uma peça substituída para reciclagem”, lê-se no comunicado divulgado esta quarta-feira pela empresa.

Por exemplo, um kit para trocar a bateria do iPhone 12 custa cerca de 71 dólares (cerca de 67 euros), mas o utilizador pode receber 24 dólares se enviar a sua bateria estragada. O objectivo explica a empresa, é fornecer formas alternativas para os consumidores arranjarem os seus dispositivos estragados.

“Aumentar o acesso às peças originais da Apple dá aos nossos clientes ainda mais hipóteses de escolha se for necessário fazer uma reparação”, afirmou Jeff Williams, director de operações da Apple, num comunicado divulgado em Novembro aquando a apresentação do serviço. “Nos últimos três anos, a Apple quase duplicou o número de locais de serviços com acesso a peças, ferramentas e formação originais da Apple e agora estamos a dar uma opção para aqueles que desejam fazer as suas próprias reparações.”

O novo site da Apple chega numa altura em que a pressão para legislar o “direito à reparação” está a aumentar em vários países. A legislação deve proteger o direito do proprietário de um produto conseguir repará-lo ou levá-lo a um técnico da sua preferência. O movimento surgiu como reacção às atitudes de alguns fabricantes, que começaram a dificultar a reparação de alguns dos seus produtos (por exemplo, telemóveis e computadores difíceis de desmontar), obrigando os donos a levá-los a postos especializados da própria marca.

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