FC Porto perde em Braga e adia festa do título
Foi a primeira derrota dos portistas nesta edição da I Liga e o fim de uma série de 58 jogos consecutivos invictos no campeonato.
Já se sabia que o jogo em Braga não era propriamente o mais acessível para o FC Porto somar mais três pontos e, dessa forma, colocar a máxima pressão sobre o Sporting, que ficaria obrigado a vencer o Boavista, no Bessa, se quisesse adiar a conquista de mais um título de campeão nacional de futebol. E a tradição (recente) de dificuldades sentidas pelos “dragões” na cidade minhota – não derrotaram os bracarenses em casa destes nas últimas quatro visitas - confirmou-se. O Sp. Braga ganhou (1-0) e colocou um ponto final numa série de 58 jogos consecutivos do FC Porto sem derrotas na I Liga, para além de inviabilizar a conquista do título dos “azuis e brancos” sem derrotas.
Numa partida disputada a um ritmo não muito elevado (em especial nos primeiros 45 minutos), em que ficaram patentes os muitos jogos nas pernas que os jogadores de ambas as equipas já têm nesta fase da temporada, o FC Porto tomou conta do jogo, procurou “pressionar alto” e condicionar desde cedo a construção de jogo do Sp. Braga. Mas os minhotos não cometeram falhas nessa zona do terreno e conseguiram sempre sair rápido para o ataque. Primeiro sem grande perigo, mas à medida que a partida se aproximou do intervalo, essas investidas foram-se tornando cada vez mais perigosas.
Um remate de Ricardo Horta à barra e uma “mancha” de Diogo Costa a um pontapé de Abel Ruiz impediram que fossem os bracarenses a ir em vantagem no marcador para o intervalo, enquanto o melhor que o FC Porto conseguiu nos primeiros 45’ foi um cabeceamento de Otávio, que fez a bola passar pouco acima da barra da baliza à guarda de Matheus, com os portistas a recolherem aos balneários queixando-se de três lances em que pediram penáltis.
A segunda parte começou da mesma forma que a primeira, com a diferença de o Sp. Braga ter tido mais sucesso, mais cedo, nas suas saídas rápidas para o ataque. E depois de uma perda de bola ainda no meio campo bracarense dos portistas, Al Musrati lançou Abel Ruiz que serviu Ricardo Horta, com o avançado a inaugurar o marcador (54’). Isto apenas dois minutos depois de Pepê ter obrigado Matheus a uma grande defesa.
A perder, Sérgio Conceição mexeu na sua equipa, colocando mais homens na frente, enquanto Carlos Carvalhal refrescou o seu meio-campo e ataque, tentando manter a sua equipa com fôlego para o previsível “apertão” portista nos minutos finais. E, com mais ou menos dificuldade, os “arsenalistas” foram capazes de aguentar a vantagem mínima até final, apesar de Taremi e Galeno terem tido nos pés a hipótese de, pelo menos, empatar o marcador e Otávio, já no período de compensação, ter falhado a última ocasião de golo dos portistas no encontro.