Da lã ao vidro, o património industrial do Centro é feito de histórias, tradições e arte
Nem só de máquinas e relógios de ponto é feita a vivência de uma fábrica. Por trás de relatórios anuais de produção, balanços e balancetes, estão também histórias de vida, memórias e muito saber fazer. Da fábrica vidreira ao lavadouro de lã, terá muito a descobrir, como aconteceu com a Fugas ao longo de um roteiro pelo turismo industrial da região Centro do país.
Por mais que tenha corrido mundo, José Paulo Baptista não conseguiu desligar-se das suas raízes e da história que lhe corria nas veias. Bisneto e neto dos fundadores da antiga fábrica Tapetes Dom Fuas, mais tarde Tapetes Vitória, este empresário da área do turismo – tem quatro agências de viagem – ousou transformar um sonho em realidade: adquiriu um edifício que fez parte da fábrica criada pelos seus antepassados e transformou-o num espaço museológico, o Museu Industrial e Artesanal do Têxtil (MIAT). Um espaço que nos dá a conhecer os meandros de uma indústria que, durante décadas, marcou o dia-a-dia de Mira de Aire, assim como da vizinha vila de Minde, e que é parte integrante de um roteiro pelo património industrial da região Centro, que a Fugas já teve a oportunidade de experimentar. Durante três dias, andámos de olhos postos em indústrias tão distintas como uma cimenteira, uma fábrica de vidro, de porcelana, de lã ou descasque de arroz, com direito a pormos a mão na massa e a dar largas à criatividade. Mas já lá vamos. Apesar de ser recente – abriu em Maio de 2020 –, o MIAT tem muito que se lhe diga.
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