A “cultura” do BES continua à solta
O que o “negócio” do Novo Banco com Luís Filipe Vieira prova é a persistência de uma cultura segundo a qual a ética, e muito provavelmente a lei, não passa de um escolho superável com uma ou outra auditoria e um ou outro fundo
Os portugueses mais optimistas descobriram debaixo dos escombros do caso BES, das indecorosas revelações sobre o legado de José Sócrates ou da higienização a que várias grandes empresas, como a PT, foram sujeitas uma espécie de momento de redenção. O que estava para trás era passado. Tudo fora demonstrado. Os responsáveis estavam a braços com a Justiça. Mais tarde ou mais cedo, a brutal destruição de valor na economia portuguesa acabaria por ser mitigada. Havia uma oportunidade para limpar esse passado abjecto.
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