Charles Leclerc domina na Austrália, Max Verstappen abandona

George Russell “roubou” o terceiro lugar a Hamilton para terminar no pódio e ascender à vice-liderança do Mundial de pilotos.

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Charles Leclerc levou o Ferrari ao primeiro lugar na Austrália Reuters/LOREN ELLIOTT
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Max Verstappen abandonou pela segunda vez em três grandes prémios Reuters/LOREN ELLIOTT

Charles Leclerc (Ferrari) dominou este domingo o Grande Prémio da Austrália, terceira prova do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, aproveitando os abandonos do colega de equipa Carlos Sainz e de Max Verstappen (Red Bull) para reforçar a liderança do Mundial de pilotos, com 71 pontos, mais 37 pontos do que o segundo da geral, o inglês George Russell (Mercedes).

Ao terminar com dois carros nos quatro primeiros, a Mercedes reforçou o segundo lugar de construtores numa corrida em que também a McLaren deu boas indicações, com Lando Norris e o anfitrião Daniel Ricciardo em 5.º e 6.º, respectivamente.

Lewis Hamilton (Mercedes) teve um arranque forte, saltando para o terceiro lugar logo na primeira curva. O piloto inglês aproveitou o facto de Lando Norris (McLaren) ter partido do lado sujo da pista e de Sergio Pérez (Red Bull) ter sido “tapado” pelo companheiro de equipa Max Verstappen. Lucrou ainda George Russell (Mercedes) para passar Norris e pessionar Pérez, acabando, mais tarde, por beneficiar de um golpe de sorte para terminar no pódio, atrás de Pérez e à frente de Hamilton.

Afastado dos primeiros lugares da grelha, Carlos Sainz (Ferrari) não foi feliz com a estratégia usada para tentar recuperar do nono posto, tendo a escolha dos pneus duros fixado um preço elevado para o piloto espanhol, que falhou o arranque e perdeu vários lugares logo no início. Na tentativa de minimizar danos e reentrar no grupo dos primeiros, Sainz acabaria mesmo na gravilha, imobilizado, forçado a abandonar ao mesmo tempo que motivava a entrada do safety car na terceira volta.

Retomada a corrida, tudo praticamente na mesma, com Charles Leclerc (Ferrari) a manter a liderança e Pérez a atacar Hamilton, que não tinha argumentos para travar o mexicano. Já com Verstappen a debater-se com os pneus, a corrida às boxes ajudou a baralhar um pouco a ordem natural da prova.

O grande beneficiado seria George Russell, já que Sebastian Vettel (Aston Martin) provocou uma bandeira amarela quando o inglês estava nas boxes, o que o colocou na terceira posição, à frente de Fernando Alonso (Alpine), o único que não tinha trocado de pneus, de Pérez e de Hamilton, o grande prejudicado.

Na frente, Verstappen ainda tentou o ataque a Leclerc, mas o monegasco conservou a liderança, impondo-se com a volta mais rápida. O neerlandês respondeu, ainda que já a cinco segundos do líder, mas o Red Bull, com um princípio de incêndio, foi forçado a abandonar a 20 voltas do final.

Pérez passou sem problemas para o segundo lugar, tendo a corrida perdido grande parte do interesse no que diz respeito às primeiras posições, permanecendo apenas a dúvida quanto à possibilidade de Hamilton superar o companheiro de equipa e chegar ao pódio. Hipótese não confirmada, embora o quarto lugar do heptacampeão lhe permitisse passar de novo Verstappen no Mundial de pilotos, mesmo perdendo uma posição para Pérez.

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