Estão num escritório cheio de livros uma bióloga molecular, um artista conceptual e uma antiga química. A bióloga acaba de saber da morte do seu pai, o químico Friedrich Wertheim, que em tempos teve uma relação amorosa com a antiga química. Comentam também uma notícia: o artista, que é namorado da bióloga, fala de um assassinato em massa causado por um envenenamento. “Morreram seiscentos. E os que não morreram ficaram paralisados”, diz. O veneno era um derivado da saxitoxina, algo muito próximo da molécula que Friedrich Wertheim tinha trabalhado. O químico tinha conseguido uma forma de fabricar facilmente a molécula em laboratório.