Citroën regressa aos grandes estradistas com o C5 X

Contra as referências alemãs, a Citroën criou um novo topo de gama capaz de transformar uma viagem num exercício de estilo em classe executiva. Espaçoso e sofisticado como as melhores berlinas, chega em Junho a partir de 34.857€.

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A Citroën é reconhecida pela sua veia de romper conservadorismos e, nos últimos anos, tem vindo a reforçar a sua presença nesse caminho que parece andar em contramão com os restantes emblemas. Uma ousadia, para uns; um tiro certeiro, para a marca, já que assim atinge um dos seus propósitos: diferenciar-se das outras propostas presentes no mercado, o que volta a suceder com o C5 X, no qual o conforto é o trunfo com o qual vai a jogo, atirando para trás das costas epítetos como desportivo ou aguerrido (se a ideia passa por ir buscar um automóvel com estas características, o C5 X não será o mais indicado).

Tudo, aliás, vai no sentido oposto, a começar por uma suspensão hidráulica progressiva descrita como uma almofada. E, no interior, os bancos foram concebidos para maximizar a sensação de comodidade, que se sente quer se esteja aos comandos ou a ocupar qualquer outro lugar, pelo que o PÚBLICO pôde observar tanto por plácidas auto-estradas como ao longo do recortado traçado da catalã serra de Montserrat.

Com 4805mm de comprimento, 1865mm de largura e 1485mm de altura, o C5 X coloca-se no coração do segmento D, das grandes berlinas, criando uma encruzilhada de conceitos, na medida em que reclama a funcionalidade de uma carrinha, a habitabilidade de um monovolume, tirando partido de uma distância entre eixos de 2785mm, e um sentido de estética que pisca o olho aos fãs do corpo SUV e de uma posição de condução elevada.

E não chega parco em luxos: além de a maioria dos materiais ser agradável e parecer bem montado (há aqui e ali alguns apontamentos menos ricos que permitem compreender o preço, a partir de 34.857€, mas nenhum que choque numa primeira abordagem), apresenta-se com uma série de tecnologias próprias do segmento em que se insere, nomeadamente ao nível tecnológico, com um head-up display de grandes dimensões (onde se concentra a maioria das informações sobre a condução), assistentes de condução semiautónoma ou um melhorado sistema de infoentretenimento que pode ser gerido a partir de um ecrã táctil de 12’’, mas que também pode ser accionado conversando com o carro que chega com reconhecimento de voz natural.

Nas mecânicas, a estrela da gama é o híbrido de ligar à corrente (desde 44.653€), capaz de percorrer até 55 quilómetros em modo 100% eléctrico (desde que não se ultrapasse os 135 km/h). Assente num motor 1.6 PureTech de 180cv associado a um sistema eléctrico de 81,2 kW, o plug-in apresenta-se com uma potência combinada de 225cv, geridos por uma transmissão automática de velocidades ë-EAT8, indo de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos e atingindo uma velocidade máxima de 233 km/h. No entanto, esta proposta deverá ser mais procurada por empresas que podem aproveitar benefícios fiscais. Já os particulares poderão ser mais atraídos pelas propostas a gasolina: um 1.2 PureTech de 130cv, disponível a partir do nível mais despido de equipamento Feel, e o mais potente 1.6 PureTech de 180cv (desde 41.157€), apenas a partir do nível mais equipado Shine.

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