Portugal apto para integrar refugiados ucranianos na vacinação contra a covid-19

Até ao momento, Portugal recebeu mais de 1500 pedidos de protecção temporária. Refugiados estão a ser testados após chegada ao país.

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Portugal entrou numa nova fase de vacina no início deste mês Daniel Rocha

Portugal está apto para vacinar todos os refugiados ucranianos contra a covid-19. Até ao momento, o país recebeu mais de 1500 pedidos de protecção temporária e as primeiras pessoas refugiadas já chegaram a Portugal.

“Existe um dispositivo de vacinação contra a covid-19 montado, que consegue facilmente integrar a população acolhida em Portugal no âmbito da crise na Ucrânia”, disse ao PÚBLICO fonte do Ministério da Saúde. De acordo com os últimos dados do Our World in Data, a Ucrânia tem baixa taxas de vacinação contra a covid-19, rondando os 35% de população com a vacinação primária completa e menos de 2% com a dose de reforço administrada.

Portugal entrou no início deste mês numa nova fase do processo de vacinação, tendo em conta a elevada cobertura vacinal com o esquema inicial de protecção e cerca de 60% com dose de reforço administrada. No final do mês passado, em conferência de imprensa, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde anunciou que a partir do dia 1 de Março haveria uma redução do número de centros de vacinação disponíveis no país, aptos para uma vacinação em massa, passando uma parte deste processo para os centros de saúde ou para locais mais pequenos e com uma logística menor.

A invasão da Rússia já levou 1,5 milhões de ucranianos a fugir para vários países. Portugal recebeu nos últimos dias os primeiros refugiados. No início do mês, o Governo aprovou um regime simplificado para apoiar quem chega a Portugal, permitindo acesso a emprego, registo do Serviço Nacional de Saúde, número de segurança social e fiscal.

Esta madrugada um autocarro com 44 refugiados chegou a Braga. As 16 famílias foram instaladas num hotel, para poderem descansar e esta segunda-feira receberam os primeiros cuidados, entre os quais a realização de teste à covid-19. “A testagem vai ser feita de forma articulada com o Agrupamento de Centros de Saúde local, que se disponibilizou para prestar apoio na testagem. Queremos assegurar condições de segurança sanitária para eles e para os outros”, disse ao PÚBLICO Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, referindo que uma grande maioria da população ucraniana não está vacinada.

Na passada quinta-feira, na inauguração do centro de recepção de refugiados, no pavilhão da Polícia Municipal, em Lisboa, Carlos Moedas, presidente da autarquia, afirmou que os refugiados que cheguem ao nosso país vão ser testados à covid-19. Com Luciano Alvarez

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