O início é inesperado, um prólogo que é simultaneamente um epílogo no futuro. Em 1991, vemos um homem de cara fechada, numa clínica. A câmara foca, depois, uma revista com Michael Jordan na capa. O homem entra num carro. Uma mulher chora. Corta para 12 anos antes, um homem de bigode, numa cama, com uma mulher nua a dormir no colo. Monólogo para a câmara. “Raios parta. Basquetebol é como sexo espectacular. Sempre em movimento, rítmico, íntimo e pessoal, não precisa de capacete para protecção. Se há duas coisas neste mundo que me fazem acreditar em Deus, é sexo e basquetebol.” A mulher nua acorda. O homem do bigode fala com ela. “Estava aqui a falar de sexo e basquetebol.” Ela vira-se para o lado. Ele vira-se para a câmara. “Ela é que perde. Vocês são os primeiros a saber. Vou comprar uma equipa.”
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