Presidente da Juventus lembra compromissos assumidos pelos “fundadores” da Superliga Europeia
Andrea Agnelli não forneceu novos dados sobre o projecto apresentado em Abril de 2021, mas deixou claro que para os “desertores”, a quebra contratual seria pior do que um autogolo aos 92 minutos.
O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, frustrou, esta quinta-feira, as expectativas dos presentes na cimeira sobre Futebol e Negócios promovida pelo Financial Times, em Londres, esvaziando a tese dos responsáveis da UEFA e da Liga espanhola, apesar de uma pequena encenação, procurando nos papéis os nomes dos clubes da nova Superliga, num momento de puro entretenimento.
Agnelli não possuía, nem forneceu novidades relevantes sobre uma “temida” segunda vaga da Superliga Europeia, esclarecendo, em alternativa, que a UEFA sempre soube que, enquanto líder do emblema italiano, estava empenhado em algo de diferente, pelo que não percebe a surpresa perante o projecto de uma Superliga Europeia.
Agnelli respondeu a Javier Tebas, presidente da Liga espanhola, devolvendo as acusações de ser, juntamente com os líderes de Real Madrid e FC Barcelona, mais mentiroso do que o presidente russo, Vladimir Putin.
Porém, não terminou sem deixar velada ameaça aos “desertores”, lembrando que a quebra contratual assumida seria como um autogolo aos 92 minutos.
O líder da Juventus descreveu, ainda, a UEFA como “guardião de um monopólio”, recordando que “nunca ouvimos tantas vezes a palavra Superliga como hoje”, criticando a estrutura que governa o futebol europeu, pelo que acredita justificar-se uma proposta alternativa, “aberta e transparente”.
Andrea Agnelli foi, contudo, evasivo quando confrontado com a possibilidade de a Juventus poder disputar a Liga dos Campeões nos próximos cinco anos, algo que respondeu com um lacónico: “Vejo a Juventus disputar as mais prestigiadas competições!”, ao mesmo tempo que insistia nos compromissos assumidos pelos restantes 11 dos 12 clubes que aderiram à Superliga.