Proteger a floresta: um trabalho para todos nós
Neste Dia Internacional da Proteção Civi, importa não esquecer que a defesa da floresta cabe a todos os cidadãos de um país onde mais de um terço do território é corresponde a espaços florestais.
Comemora-se neste dia 1 de março o Dia Internacional da Proteção Civil, com o objetivo de atrair a atenção das populações mundiais para as questões da proteção civil, em especial para a prevenção.
Na contemporaneidade é fácil esquecer que a proteção civil é uma atividade que deve ser desenvolvida por todos os elementos integrantes de uma comunidade e que também se destina a todos, com o objetivo de prevenir riscos coletivos e a ocorrência de acidentes graves. Aqui incluem-se os fogos rurais. Estes são das catástrofes naturais mais graves que ocorrem em Portugal, não só pela elevada frequência e extensão que alcançam, como também pelos efeitos destrutivos que causam no ambiente, na economia e por constituírem uma fonte de elevado perigo para as populações e seus bens.
A intervenção humana pode desempenhar um papel decisivo na sua origem e na limitação do seu desenvolvimento, devendo privilegiar-se a prevenção dada a importância da ação humana nestes fenómenos, algo que os distingue de catástrofes naturais (p.e. sismos, trovoadas, ciclones, etc).
Em Portugal, a entidade responsável pela proteção civil é a Agência Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), um parceiro incontornável na prevenção e na supressão de fogos rurais.
Em primeiro lugar, pelo apoio à gestão de combustíveis no território em toda a sua extensão, tanto da floresta e dos seus valores, como nas proximidades de aglomerados rurais; na gestão da rede secundária de proteção; e na preparação das pessoas para lidarem com o fogo durante a sua ocorrência, diminuindo assim o risco para as populações. O papel da comunicação e da capacitação dos atores locais, muitas vezes tratadas de forma ligeira, é uma peça fundamental para garantir uma maior sensibilização das populações para os riscos do uso do fogo, mas também para a forma como se devem comportar perante a catástrofe. A comunicação deve ser especializada e os órgãos de comunicação devidamente envolvidos para serem parceiros antes e durante as ocorrências.
Em segundo lugar, a ANEPC tem a função de gerir o risco de forma eficiente, seja no aviso do risco às populações, na programação do sistema ou na aplicação dos planos de combate e supressão.
Para tal, a ANEPC teve nos últimos anos um aumento nas categorias de Recursos Humanos e Equipamentos dada a capacitação prevista na sua lei orgânica, da estrutura à escala regional e sub-regional (com +39milhões de euros/ano) e maior capacitação na supressão (com +50 milhões/ano) para os bombeiros, fruto da especialização.
No entanto, importa não esquecer que cabe a nós, como cidadãos de um país em que mais de um terço do território é povoado por espaços florestais, zelarmos e valorizarmos este bem que é de todos - a floresta - e que nos fornece recursos, regula e suporta o ecossistema que habitamos e nos proporciona bem-estar, através de comportamentos de baixo risco e assumindo o nosso papel neste sistema de proteção civil de que todos somos parte integrante.