Foi com a fotografia que Kubrick decifrou o mundo

Bastaram cinco anos ao serviço da revista Look para Stanley Kubrick erguer um corpo de trabalho que o põe ao lado dos grandes da fotografia do século XX. Uma exposição em Cascais mostra pela primeira vez em Portugal o olhar de um génio criativo em ascensão.

Foto
Stanley Kubrick/Look magazine/Museum of the City of New York

Há um fantasma que aparece de cada vez que a obra fotográfica de Stanley Kubrick vem à baila. É uma assombração que surge sempre vigilante, procurando garantir que o pai não mata o filho. Esse fantasma chama-se cinema. E se é inquestionável que o monumento cinematográfico de Kubrick deixou alicerces profundos, não é menos verdade que o manual de instruções que utilizou para lá chegar tem um nome, aliás assumido pelo próprio: fotografia. Desde que este legado visual começou a ser mostrado em exposições um pouco por todo mundo há mais de duas décadas, não falta quem tente encontrar no que Kubrick deixou na fotografia — que é imenso — relações de todo o tipo com o que deixou no cinema. Como se uma coisa fosse apenas o trampolim para outra. O que até pode ser um exercício estimulante, e em certa medida inevitável, mas também redutor.

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