Mais de uma centena protesta em Lisboa pelo fim do conflito na Ucrânia

Os manifestantes tinham bandeiras da Ucrânia e faixas anti-Putin. O presidente da Associação de Ucranianos em Portugal agradeceu a todos os países que, juntamente com a Ucrânia, estão a pressionar Vladimir Putin a acabar com este conflito.

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Manifestação junto à Embaixada Russa em Lisboa MANUEL DE ALMEIDA

Mais de uma centena de pessoas concentrou-se este domingo junto à Embaixada Russa, em Lisboa, pedindo o fim do conflito na Ucrânia e o regresso à paz, num protesto contra o Presidente Vladimir Putin.

Pelas 10h00, os manifestantes, empunhavam bandeiras da Ucrânia e faixas anti-Putin.

O protesto, organizado pela associação que representa os ucranianos em Portugal, decorre no mesmo dia em que foram assassinadas dezenas de pessoas, em Kiev, que se manifestavam contra o regime do presidente pró-russo Yanukovich, em 2014.

“A primeira mensagem que queremos deixar é que estamos fartos destas ameaças de Putin e pedimos ao mundo democrático que ajude os ucranianos. Hoje as comunidades ucranianas de toda a Europa estão a fazer estas manifestações. Vamos ajudar, de todos os modos, a defender a nossa pátria. Esta é uma situação muito perigosa, que tem que ser resolvida, não pela guerra, mas pela via diplomática”, afirmou o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, em declarações aos jornalistas.

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MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Apesar de desejar que as tensões entre os dois países terminem nos próximos dias, este responsável vincou não acreditar que o Presidente russo “deixe a Ucrânia em paz”, uma vez que tal não aconteceu desde que chegou ao poder.

“Se não vai invadir, vai fazer outro tipo de actos terroristas para controlar e destruir a Ucrânia”, apontou.

O presidente da Associação de Ucranianos em Portugal agradeceu ainda a todos os países que, juntamente com a Ucrânia, estão a pressionar Vladimir Putin a acabar com este conflito.

Pavlo Sadokha garantiu também que, neste momento, os ucranianos já não têm medo, “mas estão irritados com o permanente [clima] de terror imposto por Putin”.

Os protestos em “Defesa da Ucrânia, da Europa e dos Valores Democráticos” em Portugal decorrem também no Porto e em Loulé.