Temperaturas vão subir na próxima semana. Não há previsões de chuva

A partir de dia 21, as temperaturas podem atingir os 23 graus em algumas zonas do país. Estão previstos alguns chuviscos ainda para sexta e sábado, mas não há previsões de chuva para próxima semana.

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As temperaturas vão subir a partir da próxima semana Rui Gaudencio

As temperaturas máximas vão subir a partir da próxima segunda-feira e vão atingir valores acima do que é normal para a época em vários pontos do país. A chuva voltará a desaparecer, estando apenas previstos alguns chuviscos para os próximos dois dias, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Algumas zonas do país poderão chegar aos 23ºC de máxima a partir do dia 21 de Fevereiro, segunda-feira, como Lisboa, Évora ou Beja, sendo que para Santarém estão previstos 24ºC na terça-feira. Mais para norte, as máximas oscilarão entre os 17ºC e os 20ºC — a máxima prevista para Porto é 18ºC.

Até ao dia 25, pelo menos, as temperaturas devem continuar primaveris durante o dia, embora “ainda possa haver alterações”, explica a meteorologista Madalena Rodrigues, do IPMA. Já durante as noites, as mínimas podem descer até aos 8ºC no litoral e até aos 4ºC no interior.

A acompanhar estas temperaturas primaveris, prevê-se uma semana sem precipitação.

“Só sexta-feira é que vai chover, mais a norte, e será em geral uma precipitação fraca”, indica Madalena Rodrigues. Já no sábado há uma possibilidade mínima de haver alguns “pinguinhos”, sobretudo no interior da região sul.

A partir de domingo, portanto, o sol voltará e ficará pelo menos até ao dia 22. A razão é o anticiclone instalado a noroeste da Europa, desde meados de Janeiro, que tem provocado um bloqueio atmosférico e impedido, assim, o aparecimento de chuva. “A seca vai continuar”, resume a meteorologista.

Alguns especialistas apontam também para o fenómeno meteorológico La Niña, que se verifica pelo segundo ano consecutivo — o arrefecimento do Pacífico central e oriental e os seus impactos na pressão e circulação atmosférica. Juan Jesús González, físico e investigador em dinâmica atmosférica e porta-voz da Agência Estatal de Meteorologia espanhola, a Aemet, lembra, em declarações à Agência EFE, que este fenómeno tem normalmente uma série de impactos a nível global, favorecendo padrões meteorológicos estacionários em diferentes locais da Terra — e que isso poderá estar a contribuir para a seca na Península Ibérica, mas também no oeste dos EUA, em alguns países na América Latina e Marrocos, por exemplo.

Alertas

O IPMA alerta para vento mais forte a começar já nesta tarde desta quinta-feira e que se prolongará até ao final do dia de sábado. “Vamos ter rajadas de vento mais no litoral e nas terras altas, entre Coimbra e Faro, a poderem chegar aos 75 km/h”. Será emitido um aviso amarelo ainda esta tarde.

Os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro vão estar também sob aviso laranja devido a uma maior agitação marítima que se registará nos próximos dois dias. Prevêem-se ondas entre cinco e seis metros, podendo estas atingir mesmo os 11 metros.

Questionada quanto à possibilidade de a tempestade Eunice, que levou o Reino Unido a activar o alerta vermelho esta quinta-feira, afectar a Península Ibérica, a meteorologista garante que “para já não teremos nada disso”.

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