Pedro Neves Marques leva à Bienal de Veneza o funeral do último humano
Estivemos nas filmagens de Vampiros no Espaço, o projecto com que Pedro Neves Marques representa Portugal na Bienal de Arte de Veneza. É um filme-instalação à volta de uma viagem extraterrestre de cinco vampiros e um humano. Com o seu pavilhão nacional, inauguração a 22 de Abril no Palácio Franchetti, Portugal será um dos 80 países presentes numa das mais importantes bienais europeias. Que tem sido um palco de eleição para a internacionalização das artes visuais portuguesas.
A urbanidade de Lisboa vai-se apagando à medida que o Google Maps nos aproxima do estúdio onde Pedro Neves Marques está a filmar o projecto que vai apresentar na Bienal de Veneza em Abril. O ecrã manda-nos virar duas vezes à esquerda e entramos na Travessa Particular n.º6. O cenário da própria cidade, aqui na fronteira entre Moscavide e o Parque das Nações, entre dois mundos urbanos que tardam a coser-se, prepara-nos, involuntariamente, para a ideia de utopia que não deixa de passar pelo filme Vampiros no Espaço, o título do projecto com que Neves Marques vai representar Portugal na mais importante bienal europeia de artes visuais: a reinvenção do espaço em que vivemos, a reinvenção da humanidade, a reinvenção do futuro. Nada menos do que isso.
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