Covid-19. Marcelo espera “nova fase de transição de pandemia para endemia”

Questionado sobre a reunião convocada pelo primeiro-ministro, António Costa, para quarta-feira no Infarmed, com especialistas e responsáveis políticos sobre a covid-19 em Portugal, o chefe de Estado disse esperar “aquilo que tem vindo a público em termos de medidas, de redução das restrições”.

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Marcelo Rebelo de Sousa LUSA/MÁRIO CRUZ

O Presidente da República afirmou esta segunda-feira que a reunião de quarta-feira no Infarmed antecede uma já esperada “redução das restrições” que “representa uma nova fase em termos da transição da pandemia para a endemia”.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas junto ao Tejo, em Belém, com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, ao lado, depois de ter inaugurado com o Presidente esloveno, Borut Pahor, um banco alusivo à amizade entre Portugal e a Eslovénia.

Questionado sobre a reunião convocada pelo primeiro-ministro, António Costa, para quarta-feira no Infarmed, em Lisboa, com especialistas e responsáveis políticos sobre a covid-19 em Portugal, o chefe de Estado respondeu que “a ideia é realmente fazer o ponto da situação”.

Sobre as decisões que o Governo irá tomar, o Presidente da República referiu que “algumas das medidas já são conhecidas”, sem dar exemplos, e considerou que, “aliás, não há propriamente novidade”, não se trata de anunciar nada de muito, muito novo, mas representa uma nova fase em termos da transição da pandemia para a endemia”.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, espera-se que seja decidido pelo executivo “aquilo que tem vindo a público em termos de medidas, de redução das restrições”. “Já foi sendo anunciado, paulatinamente, para preparar a opinião pública. Deve corresponder à avaliação, penso eu, que os especialistas farão da situação sanitária. Mas não há nada como ouvir os especialistas sobre a situação vivida”, disse.

Quanto à situação da covid-19 em Portugal, o Presidente da República assinalou que tem havido “uma diminuição do número de casos, progressiva e sustentada” e também “uma diminuição do número de internamentos, nomeadamente em cuidados intensivos, e do número de mortos”.

“Portanto, tudo a caminhar no mesmo sentido. Vamos ouvir e naturalmente depois há a formalização pelo Governo – neste caso é ainda o Governo em funções, antes da posse do novo Governo, penso que a ideia é essa, é ser ainda o Governo que presidiu à gestão da crise pandémica a entrar nesta fase antecipando aquilo que é depois a actuação do futuro Governo a empossar”, acrescentou.

Relativamente à posse do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que provavelmente haverá ainda algumas “restrições sanitárias” nessa cerimónia e reiterou que “mantém-se em princípio a data” fixada, 23 de Fevereiro, mas ressalvou que há que “aguardar pelos passos anteriores” até à publicação do mapa oficial dos resultados das legislativas.

Quanto à composição do novo elenco governativo, escusou-se a fazer qualquer comentário, declarando apenas que “o Presidente da República nessa matéria respeita a iniciativa do primeiro-ministro”.