Avião com origem na Madeira e destino a Kiev aterra na Moldávia

“De acordo com a exigência do proprietário do avião”, uma empresa irlandesa, o voo PQ0902 da rota Funchal-Borispol “foi obrigado a aterrar em Chisinau”, informa a companhia aérea SkyUp.

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Rui Soares/Arquivo

A companhia aérea ucraniana de voos charter SkyUp disse este domingo que o voo que ligava a Madeira a Kiev aterrou em Chisinau, Moldávia, porque a empresa irlandesa, proprietária do avião, anunciou a proibição de sobrevoar o espaço aéreo da Ucrânia. A bordo do avião seguiam 175 passageiros, de acordo com a empresa.

“De acordo com a exigência do proprietário do avião (…) o voo PQ0902 da rota Funchal-Borispol foi obrigado a aterrar em Chisinau”, refere a companhia aérea num comunicado publicado no seu site.

Segundo a nota publicada, “o proprietário [do avião], residente na Irlanda, informou a companhia aérea sobre a proibição imediata da entrada da aeronave UR-SQO no espaço aéreo da Ucrânia”.

“Apesar de todos os esforços da companhia aérea e da disponibilidade das estruturas estatais ucranianas para apresentar uma solicitação ao arrendador, o proprietário do avião negou categoricamente, no momento em que o avião já se deslocava para Kiev”, escreve a SkyUp.

A companhia aérea refere no comunicado que conseguiu autorização para aterrar no aeroporto mais próximo da Ucrânia, em Chisinau, na capital da Moldávia, e que organizou “o transporte, assim como alimentação, dos 175 passageiros para a capital” ucraniana.

Isto aconteceu pouco depois de a comunicação social ucraniana anunciar que algumas das mais importantes seguradoras internacionais deixaram de cobrir as companhias aéreas que sobrevoam a Ucrânia a partir de segunda-feira, devido à ameaça de um ataque russo.

De acordo com o mesmo portal, no sábado, as maiores seguradoras britânicas, que por sua vez reasseguram outras seguradoras, enviaram uma carta oficial a todos os arrendadores de aeronaves para os avisar de que a cobertura dos seguros na Ucrânia, e para os aviões que sobrevoam o país, deixará de funcionar no prazo de 48 horas.

A medida significaria um bloqueio aéreo sobre o país, já que “nenhum avião descolaria a partir da Ucrânia nem aterraria na Ucrânia a partir do meio-dia de segunda-feira”, disse à agência de notícias EFE uma fonte da Strana.

Segundo o jornal holandês De Telegrafa, a companhia aérea holandesa KLM anunciou que vai deixar de operar voos para a Ucrânia, “como medida preventiva contra a ameaça de guerra no país”.