Contudo, o serviço está sujeito a certas limitações, como é o caso da velocidade máxima permitida, uma vez que é necessário garantir uma “melhor monitorização da utilização da rede” e uma distribuição mais “equitativa e sustentável da capacidade disponibilizada” aos clientes.
Corporações de bombeiros
As comunicações em casos de emergência estão, desde as 21h de segunda-feira, a ser asseguradas pela rede SIRESP na prestação de socorro por parte de corporações de bombeiros. Desde segunda-feira que várias corporações têm estado sem comunicações.
O recurso ao SIRESP provocou um aumento do tempo de reacção. Apesar disso, de acordo com António Nunes, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, ninguém terá ficado sem assistência.
O SIRESP permite que se estabeleça o contacto entre os centros de distribuição de emergência e os corpos de bombeiros, assim como o contacto entre as diferentes corporações e entre as corporações e diferentes serviços (como a GNR ou a Protecção Civil).
De acordo com António Nunes, “talvez cerca de um terço das corporações [a nível nacional]” tenham a Vodafone como operadora.
Rede Multibanco
Os ATM da rede Multibanco, estiveram indisponíveis até à meia-noite de segunda-feira, altura em que foi reposto o serviço de dados 3G, informou a Vodafone.
“A SIBS [dona da marca Multibanco] é cliente Vodafone. [...] A sua rede de ATM está suportada na rede da Vodafone”, explicou Mário Vaz, presidente executivo da Vodafone Portugal. “Alguns dos ATM, como têm rede de interligação à rede móvel de dados, estiveram indisponíveis até perto da meia-noite, até ligarmos os dados em 3G”, acrescentou.
INEM
O Instituto Nacional de Emergência Médica indicou esta terça-feira que “activou no imediato o seu plano de contingência” face aos constrangimentos verificados com a rede Vodafone, garantido que o sistema esteve sempre a funcionar.
O plano de contingência consiste, então em privilegiar o accionamento de meios de emergência “através da rede SIRESP e recorrendo aos sistemas redundantes de que dispõe em termos de telecomunicações móveis”. Assim, o Sistema Integrado de Emergência Médica” esteve sempre garantido.
O INEM adianta ainda que “todas as chamadas de emergência transferidas pelas Centrais 112, geridas pela PSP, para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM sempre estiveram asseguradas a 100%, não se verificando qualquer situação anómala”.
Hospitais
Têm-se registado algumas anomalias no que diz respeito ao contacto de pacientes por parte de hospitais. Um dos hospitais afectados é o de Matosinhos, onde se viram impedidos de enviar mensagens automáticas com convocatórias para consultas e exames e resultados de testes à covid-19.
Também o hospital de Guimarães se encontra sem central telefónica, porém já disponibilizou três números para urgências.
No que toca ao IPO Lisboa, adiantou o Observador, tem-se registado dificuldades em realizar chamadas para doentes no exterior. Desta forma, o contacto tem sido realizado através de email. É de salientar que é possível ligar do exterior para o IPO, mas não o oposto.
IPMA
A rede de observação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) também foi afectada. Uma vez que não consegue disponibilizar informação em tempo real, o instituto anunciou esta terça-feira ter accionado planos de contingência.
Em termos de comunicações de dados meteorológicos relacionados com o sistema nacional de protecção civil, a situação encontra-se salvaguardada por um sistema de redundância, especificou o IPMA. No entanto, a comunicação telefónica encontra-se “condicionada”.
De acordo com o instituto, foram accionados os planos de contingência das respectivas áreas para “garantir a operacionalidade dos sistemas e assegurar os serviços mínimos, até a situação ser reposta”.
EMEL
Também a EMEL relatou problemas “inesperados nas configurações das comunicações de dados entre as estações e o sistema GIRA”. Na sequência desta situação a abertura das novas estações nas freguesias do Lumiar e Olivais será adiada para quinta-feira (10).
Polícia Judiciária
Grande parte da rede de telefones fixos da Polícia Judiciária, que está a investigar este ataque, foi afectada e ficou sem funcionar, incluindo serviços de piquete, que servem de atendimento ao público e recebimento de queixas.
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