Aliou Cissé a caminho da redenção
O seleccionador do Senegal fez parte de uma geração dourada dos “leões de Teranga” que nunca ganhou nada. Vinte anos depois, volta a uma final da Taça das Nações Africanas como treinador para dar o primeiro título ao seu país.
Bamako, 20 de Fevereiro de 2002. Depois de 120 minutos sem golos, a final da Taça das Nações Africanas (CAN) vai decidir-se nos penáltis, os Camarões de Samuel Eto’o contra o Senegal de El Hadji Diouf. Uma final de “leões”, os “leões indomáveis” contra os “leões de Teranga”. Quatro penáltis para cada lado e os Camarões estão em vantagem (3-2). Rigobert Song, o capitão camaronês, avança para o penálti que pode dar o título, mas Tony Sylva adivinha o lado, dá um passo à frente, estica os dois braços e defende. Pelo Senegal, também vai o capitão, Aliou Cissé, para manter a final viva. Cissé não fixa o olhar no guarda-redes Alioum Boukar, vira-lhe as costas, olha para a bancada e depois para o chão. Remata e a bola não passa pelas pernas de Boukar. O título foi para os Camarões, o seu quarto, e ainda ganhou mais um em 2017. O Senegal ficou sem nada e, 20 anos depois, continua sem nada.
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