UEFA aponta quebras de 4,4 mil milhões de euros de bilheteira em 2020-21

Diminuição registada pelo organismo atingiu os 88%. Peso da bilhética nas receitas dos clubes baixou para 2%.

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Reuters/HENRY ROMERO

A pandemia de covid-19 representou para o futebol europeu uma perda de bilheteira na ordem dos 4,4 mil milhões de euros na época de 2020-21, uma quebra de 88%, de acordo com a UEFA.

De acordo com o “retrato” anual publicado pelo organismo máximo do futebol europeu, as perdas trazidas pela pandemia acontecem, sobretudo, pela ausência de adeptos nos estádios, mas o volume global da quebra de receitas atinge os 7000 milhões de euros.

“A maior parte das receitas perdidas, cerca de 4,4 mil milhões de euros e ainda a contar, acontece devido a quebras de bilheteira, com o seu quase desaparecimento (quebra de 88%) durante o ano financeiro de 2020-21, devido à pandemia”, refere a UEFA.

O organismo adianta que a contribuição da bilhética para o volume da receita passou para valores na ordem dos apenas 2% nos clubes europeus, em comparação com os 16% do período pré-pandemia.

Um cenário que provocou um impacto profundo na vida económica dos clubes nas épocas de 2019-20 e 2020-21, que deve rondar os sete mil milhões de euros, apesar de se manterem fortes as receitas dos direitos televisivos, ainda que com cortes em 2020.

“No último ano expressei o desejo de que pudéssemos ter um vislumbre de recuperação e tivemo-lo. Com a época de 2021-22 a chegar quase a meio, a presença de público tem vindo a mostrar sinais de franca recuperação. Isto é um importante indicador (...)”, sublinhou o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin.

No mesmo relatório, a UEFA aponta ainda que os prémios monetários vão aumentar para 2,7 mil milhões de euros por ano, para os 96 clubes participantes nas três provas do organismo, Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência Europa.

Já o mecanismo de solidariedade para o desenvolvimento jovem em clubes fora das competições europeias tem a previsão de um crescimento de mais de 60%, com a UEFA a já ter distribuído cerca de 1,1 milhões de euros destinados ao desenvolvimento de mais de 1.500 clubes desde o início da Champions.