A easyJet anunciou que vai basear mais dois aviões no aeroporto do Porto que lhe permitirão abrir três novas rotas – Porto Santo, Madrid e Colónia –, elevando o total da frota da companhia em Portugal para 15 aviões. Ainda não foi avançado valor base para a ligação à ilha madeirense, que só deverá ficar disponível para reservas “nas próximas semanas”, indicou o gabinete responsável pela comunicação da companhia à Fugas. As outras duas novidades serão promovidas com valores entre 15 e 20 euros por trajecto e disponibilizadas para compra a partir de sexta-feira.
Segundo dados da empresa, avançados nesta quinta-feira em conferência de imprensa no Porto, o investimento traduz-se no “reforço da capacidade total com mais de 350 mil lugares” e “contribui para a criação de cerca de 70 novos postos de trabalho directos para região”. Em comunicado, indica-se que a empresa “já emprega um total de mais de 520 pessoas, das quais 214 baseadas no Porto”.
Além das três rotas, a easyJet avança ainda que da sua “estratégia” para o Verão faz parte “a reactivação das rotas com sabor a férias para Ibiza e Palma de Maiorca”, totalizando assim 23 destinos. Em Dezembro, tinha começado a voar Porto-Milão Malpensa.
“Nos últimos sete meses, a easyJet conquistou a segunda posição de companhia aérea a operar no Porto, crescendo 9% face ao período pré-pandemia”, defende a empresa em comunicado, onde destaca ainda “o transporte de 14 milhões de passageiros para o aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde opera desde 2007”.
No país, é a terceira maior companhia aérea, sublinha-se, sendo a segunda no Porto (atrás de Ryanair, à frente da TAP) em passageiros transportados. Em 2019, transportou 7,2 milhões de passageiros de e para Portugal. “Esperamos voar cerca de 74% da capacidade de 2019 no segundo trimestre [de 2022], esperando que a capacidade do quarto trimestre de Verão se aproxime dos níveis” pré-pandemia”, destacam.
Na nota à imprensa, José Lopes, director-geral da easyJet para Portugal, defende que para a “recuperação” pós-pandemia, é necessário “o apoio das instituições decisoras para garantir uma maior liberdade para que as pessoas possam voar”. O documento cita ainda dados da IATA, concluindo que “as pesquisas mostram que as restrições para viajar na União Europeia tiveram pouco ou nenhum impacto na disseminação da variante Ómicron”.
Já Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, tece elogios à easyJet pelo seu “enorme contributo” para a região e para a sua indústria turística. “Continuaremos a apoiar a aposta da easyJet no destino”, salientou Martins. A propósito da operação da TAP no Porto, o responsável disse, citado pela Lusa, estar ainda “a aguardar qual o plano de retoma” que vai apresentar. “Se não for com a TAP, terá de ser com outras companhias. Se a TAP ocupa 10% da operação no aeroporto Francisco Sá Carneiro, é natural que alguém ocupe os outros 90%. Cada companhia terá de responder por si”, rematou.