Em tempos de campanha eleitoral, cresce logicamente o agonismo nas suas variantes extremas e o campo de batalha política torna-se uma questão de vencedores e vencidos. A palavra “agonismo” apresenta-se aqui bastante adequada porque alude simultaneamente ao combate e ao actor dramático, o protagonista. O agonismo, entendido neste sentido muito fiel ao que o agon era para os antigos gregos, tem que ver com o jogo, com a competição desportiva. Manter essa afinidade com o jogo (que implica, ao mesmo tempo, saber vencer e saber perder) era o que garantia a face boa do agonismo. Sem esse saber, o agonismo deixa de ter relação com o jogo e mostra apenas a sua face má.
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