Portugal inicia defesa do título europeu de futsal com vitória
A selecção portuguesa esteve a perder por 0-2, mas deu a volta à Sérvia no jogo de estreia no Campeonato da Europa de 2022.
O arranque foi em falso e, ao fim de seis minutos, Portugal já tinha dois golos de desvantagem, mas o início da defesa do título europeu terminou da melhor forma para a selecção nacional de futsal. Em Amesterdão, na primeira jornada do Grupo A do Euro 2022, a equipa portuguesa conseguiu dar a volta à sempre combativa Sérvia e, com golos de Pauleta, Pany Varela, Afonso Jesus e Tomás Paçó, garantiu uma importante vitória contra o 6.º classificado do ranking da UEFA, por 4-2.
No Ziggo Dome, bem próximo da Johan Cruyff Arena, Portugal entrou com o estatuto de favorito e de actual campeão europeu e mundial, mas a metade inicial da primeira parte foi para esquecer por parte dos portugueses. E os sérvios, que tiveram baixas importantes — a mais importante foi a de Jovan Lazarevic —, aproveitaram para ganhar vantagem cedo: em cima do primeiro minuto, uma falta de André Sousa sobre Rakic na área foi aproveitada por Prsic, que, de penálti, colocou a selecção dos Balcãs a vencer.
Com demasiados passes falhados, perdas de bola constantes e muita precipitação do lado português, a Sérvia ficou confortável e, cinco minutos depois, Prsic aproveitou mais um erro defensivo de Portugal para bisar.
Face a uma equipa perdida em campo, o seleccionador Jorge Braz pediu de imediato o primeiro desconto de tempo e a mensagem transmitida aos seus jogadores foi clara: era preciso menos indecisão e mais intensidade ofensiva. No entanto, as melhorias do lado dos campeões europeus surgiram apenas com a entrada em campo de Zicky Tê.
Com o pivot do Sporting na quadra, Portugal ganhou outra capacidade ofensiva, a defesa da Sérvia começou a ceder perante a pressão e, a meio da primeira parte, após o primeiro erro defensivo do adversário, Miguel Ângelo aproveitou um mau passe de um rival para assistir Pauleta, que reduziu para 2-1.
Melhor na partida, a selecção portuguesa continuou a jogar no campo do adversário e, a menos de dois minutos do intervalo, Zicky Té desequilibrou a defesa da Sérvia e ofereceu a Pany Varela a oportunidade de recolocar tudo empatado antes do intervalo.
Na segunda parte, com a Sérvia a mostrar menor capacidade física — tinha apenas 12 jogadores disponíveis —, o jogo tornou-se mais simples para Portugal e a vitória para a equipa de Braz surgiu com naturalidade.
Aos 24m47s, uma excelente combinação entre Zicky Té e Tiago Brito terminou num golo marcado por Afonso Jesus.
Um minuto depois, Afonso Jesus assumiu o papel de assistente e colocou em Tomás Paçó que, após ganhar as costas à defesa sérvia, rematou cruzado para o fundo da baliza, fixando o resultado final e assegurando os primeiros três pontos para Portugal no Grupo A.
No final da partida, Jorge Braz não escondeu o descontentamento pela entrada no jogo, em que “não estava a ver Portugal”. O seleccionador diz que houve “hesitações e pouca intensidade ofensiva”, o que resultou na “oferta de dois golos”.
No entanto, o técnico português acrescentou que ficou “feliz pela capacidade de resiliência e de superação” que Portugal mostrou após passar “pelo momento mau”, sendo que, a partir daí, a selecção nacional foi “superior”. “É justa a conquista destes três pontos”.
Tomás Paçó, marcador do último golo português, reconheceu que os campeões europeus entraram “ansiosos”, o que resultou em “pequenos erros” que foram corrigidos por Jorge Braz: “O mister pediu para sermos nós próprios. Reagimos bem e fizemos uma segunda parte excelente.”
Portugal volta a jogar no domingo (16h30, RTP1), novamente em Amesterdão, diante dos Países Baixos.