Estudos sugerem que vacinas de ARNm não causam complicações durante a gravidez

Análise detalhada da Agência Europeia de Medicamentos incidiu em vários estudos, que envolveram cerca de 65 mil gestações em diferentes estágios.

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João Silva

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) informou com base em vários estudos que as vacinas de tecnologia de ARN-mensageiro (ARNm) – a da Pfizer e da Moderna –​ não causam complicações na gravidez das gestantes e nos seus bebés.

Em comunicado acessível na página online da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), a EMA refere que no seguimento da realização de uma análise detalhada de vários estudos, que envolveram cerca de 65 mil gestações em diferentes estágios, foi constatado “não haver nenhum sinal de aumento do risco de complicações na gravidez, abortos espontâneos, partos prematuros ou efeitos adversos nos fetos após a vacinação”.

“Apesar de algumas limitações nos dados, os resultados parecem consistentes entre os estudos que analisam esses resultados”, refere a EMA.

Os estudos realizados indicam também que os efeitos secundários mais comuns das vacinas nas grávidas coincidem com os da população em geral vacinada, que incluem dor no local da injecção, cansaço, dor de cabeça, inchaço no local ou dores musculares.

Estes efeitos são geralmente leves ou moderados e melhoram alguns dias após a vacinação.

“Dado que até agora a gravidez tem sido associada a um risco maior de covid-19 grave, particularmente no segundo e terceiro trimestres, as pessoas que estão grávidas ou podem engravidar num futuro próximo são incentivadas a vacinarem-se”, é referido na nota.

As informações referem-se a vacinas de ARNm e, por isso, a EMA deverá divulgar dados de outras vacinas covid-19 autorizadas à medida que estiverem disponíveis.