Sonae participa em projecto europeu para tornar edifícios mais sustentáveis

Iniciativa envolve 15 países e um investimento global de 25 milhões de euros. Em Portugal serão investidos 1,37 milhões de euros, dos quais 410 mil euros serão assegurados pela Sonae.

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Cláudia Azevedo, presidente executiva da Sonae, envolve váarias empresas em projecto de sustentabilidade Nelson Garrido

A sede do grupo Sonae, na Maia, vai tornar-se “num laboratório vivo de inovação na área da sustentabilidade e eficiência de edifícios e comunidades”, anunciou esta terça-feira o grupo. Em causa, “a implementação de novas soluções de aumento da biodiversidade, estando em estudo a construção de jardins verticais, casas para aves ou hortas”, anunciou esta terça-feira a empresa.

A iniciativa está integrada no projecto PROBONO, aprovado pela União Europeia, no âmbito do Programa-Quadro Horizonte 2020 LC-GD-4-1-2020, que prevê um investimento superior a 25 milhões de euros e reúne 47 parceiros de 15 países.

Em Portugal, o projecto, que arrancou este ano e terá a duração de cinco anos, representará um investimento de cerca de 1,37 milhões de euros, financiado em 960 mil euros por fundos comunitários e os restantes 410 mil pela Sonae (proprietária do PÚBLICO). A iniciativa envolve várias empresas da Sonae SGPS, incluindo a Sonae MC, e a Capwatt, do universo da Sonae Capital, outro ramo de negócio controlado pela família Azevedo.

O PROBONO pretende “fornecer soluções validadas para o design, construção e operação, tanto de edifícios novos como adaptados, com emissões reduzidas e energia positiva, contribuindo para comunidades mais sustentáveis”, destaca a empresa em comunicado. Adianta ainda que “as soluções serão testadas através dos laboratórios vivos estabelecidos em seis países europeus: Sonae Campus, na Maia (Portugal), Madrid (Espanha), Dublin (Irlanda), Bruxelas (Bélgica), Aarhus (Dinamarca) e Praga (República Checa)”.

“A Sonae está fortemente comprometida em proteger o nosso planeta”, refere João Günther Amaral, Chief Development Officer e membro da Comissão Executiva da Sonae, citado no comunicado. O responsável destaca ainda que o projecto se enquadra “no esforço de tornar o grupo cada vez mais sustentável e, ao mesmo tempo, inspirar a mudança colectiva”.

João Günther Amaral lembra que em 2015 a Sonae assinou o Acordo de Paris e em 2020 assumiu “o objectivo de atingir o compromisso de neutralidade carbónica das operações já no ano de 2040”.

O presidente executivo da Sonae Capital, Miguel Gil Mata, destaca que o projecto que envolverá a Capwatt “está alinhado com o propósito de implementar soluções integradas de energia, eficientes e sustentáveis, para promover e facilitar a transição energética e a descarbonização das empresas e dos países”.

“O projecto prevê a testagem das mais recentes tecnologias de energia verde e utilização da sede da Sonae para experimentações por terceiros na área da energia e biodiversidade, estando também previsto o teste de ferramentas de gestão e controlo para redução de emissões”, acrescenta Miguel Gil Mata, também citado no comunicado.

O grupo destaca que o Sonae Campus integra edifícios que são uma referência em termos de ecoeficiência, como o da Sonae Maia Business Center e o da Sonae Tech Hub, que integram os 100 edifícios no mundo com a maior pontuação pelo United States Green Building Council no âmbito da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).

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