Nélson Veríssimo quer um plantel mais curto no Benfica

Depois de ter alterado o sistema táctico de Jorge Jesus, o novo treinador do Benfica apontou neste sábado que quer ter um plantel mais curto do que aquele que foi construído e pedido pelo antecessor.

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Nélson Veríssimo, treinador do Benfica LUSA/HUGO DELGADO

Jorge Jesus nunca teve problemas em assumir que gosta de plantéis extensos, com muito por onde escolher, mas Nélson Veríssimo parece estar mesmo a querer romper com o reinado do antecessor. Depois de ter alterado o sistema táctico, o novo treinador do Benfica apontou neste sábado que quer ter um plantel mais curto do que aquele que foi construído e pedido por Jesus.

“A nossa ideia é que queremos ter um plantel mais curto. Não quer dizer que não há confiança nos que cá estão, mas queremos um plantel mais curto, para ter mais competitividade”, explicou, na antevisão da partida deste domingo frente ao Paços de Ferreira (18h, BTV).

Em conferência de imprensa, Nélson Veríssimo lembrou que “ganhando amanhã [domingo]”, o Benfica pode “encurtar a distância para um dos rivais”, mas frisou que a pressão da sua equipa é sempre a de “lutar em todos os jogos pela vitória”.

“Não há incentivo extra [pela derrota do Sporting]. O nosso incentivo é, jogo após jogo, lutar pela vitória e conquistar os três pontos. Isso não muda nada. O que mudou em relação ao resultado do Sporting é que podemos encurtar distâncias em função do resultado de amanhã”, afirmou o treinador dos “encarnados”, no Seixal, quando questionado directamente sobre o "tropeção” dos “leões".

Sem se deter, Veríssimo acrescentou, ainda, que a sua equipa não tem “margem para errar” em todos os jogos “até ao final da Liga” e que “cada jogo é uma luta pelos três pontos” que a sua equipa tem de ganhar.

Sobre o encontro com o Paços de Ferreira, o sucessor de Jorge Jesus frisou que o plantel “dá garantias”, apesar de ter, pelo menos, seis jogadores infectados com covid-19: os guarda-redes Vlachodimos e Svilar, o defesa Jan Vertonghen, os médios Meité e Pizzi, assim como o avançado Yaremchuk.

“É uma realidade que afecta todos os clubes. Muito embora não tendo alguns jogadores disponíveis um função dos casos positivos de covid-19, temos todas as garantias em função da qualidade do plantel para apresentar uma equipa competitiva, com qualidade e, obviamente, [os jogadores disponíveis] vão deixar-nos bem, de certeza”, desvalorizou.

O técnico, que vai cumprir o segundo jogo, nesta época, ao “leme” dos encarnados, lembrou ainda que o Paços de Ferreira também tem apenas dois jogos com César Peixoto a treinar a equipa e admitiu que isso condicionou o estudo do adversário em ambos os lados. “A nossa análise centrou-se essencialmente nesses dois jogos, mas também em jogos que o treinador tenha feito noutras equipas com clubes de maior dimensão. E obviamente, tal como para o César [Peixoto], é um desafio para nós, relativamente à forma como o Paços se vai apresentar”, reconheceu.

Ainda assim, Veríssimo acredita que o seu opositor “vai apresentar uma linha de cinco” defesas, faltando apenas “saber se é uma linha de quatro com mais um médio-ala a completar a linha de cinco ou três centrais e dois laterais”.