Self-Mistake: bolsas de apoio “com visão artística”

Dirigindo-se a um tempo de pesquisa artística e privilegiando projectos de risco e experimentação nas artes performativas, Tânia M. Guerreiro criou as bolsas Self-Mistake, de apoio aos artistas independentes. Em 2021/2022 são 27 os artistas apoiados, entre os quais Ana Libório e Tiago Vieira.

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Tiago Vieira foi um dos primeiros artistas apoiados pelas bolsas Self-Mistake susana oliveira

A primeira bolsa Self-Mistake que o autor e actor Tiago Vieira recebeu, para o período 2019/20, patrocinou uma caminhada que planeou entre “um campo de concentração perto de Berlim e a campa de Pina Bausch”. Não se tratava de um gesto artístico em si mesmo, mas antes de uma viagem empreendida como pesquisa pessoal destinada a alimentar possíveis criações futuras. Para alguém que tem desenvolvido uma investigação em torno da II Guerra Mundial, era mais uma peça a juntar aos elementos que foi recolhendo ao longo dos anos. E ainda durante a caminhada, respondendo aos vários estímulos com que se ia cruzando, Tiago escreveu “o equivalente a três espectáculos”. Ou seja, dessa pesquisa acabaram por nascer Devemos Sempre Perdoar os Cobardes, Mas Nunca Ser como Eles (estreado na Rua das Gaivotas 6), Amo-te. Mesmo que Não Compreendas (Sinfonia nº1) (apresentado na Casa do Capitão) e Trummer (espectáculo integrado no seu mestrado e levado à cena no Kvs Theater, Bruxelas).

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