Navio com mais de 4000 pessoas a bordo e 52 casos positivos no porto de Lisboa

Cinquenta e dois tripulantes da embarcação testaram positivo e foram transferidos para hotéis de Lisboa.

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Rui Gaudêncio

Um navio de cruzeiro com mais mais de quatro mil pessoas a bordo está retido há dois dias no Terminal de Cruzeiros de Lisboa, depois de ter sido detectado um surto de covid-19 em 52 tripulantes, nenhum delas de nacionalidade portuguesa, segundo o capitão do Porto de Lisboa, Vieira Branco.

De bandeira italiana, o navio foi obrigado a interromper a viagem para o Funchal, onde iria fazer escala para assistir ao espectáculo de fogo-de-artifício na passagem de ano, antes de seguir para Lanzarote (ilhas Canárias), depois de se ter detectado que vários membros da tripulação estavam infectados com SARS-CoV-2, na sequência de testes de rotina. Acabaram por ser, entretanto, confirmados 52 casos de infecção que foram transferidos para hotéis na capital.

De acordo com o comandante Vieira Branco, em declarações à Lusa, o Aidanova chegou a Lisboa no dia 29, com 4.197 pessoas a bordo, entre 1.353 tripulantes e 2.844 passageiros, de várias nacionalidades, maioritariamente alemã.

Após a realização dos devidos procedimentos, as autoridades sanitárias deram autorização aos passageiros e tripulantes não infectados que ainda permaneciam a bordo para sair do navio cruzeiro.

Foi também dada autorização para a saída da embarcação do porto de Lisboa, mas o armador optou por permanecer até 2 de Janeiro, estando prevista a saída nesse dia para Lanzarote.

“A autoridade de sanidade internacional está a acompanhar o caso”, disse à CNN Portugal a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, garantindo que os infectados “estão bem do ponto de vista clínico”.

O capitão do porto de Lisboa adiantou que o plano de fazer escala no Funchal acabou por ser inviabilizado pelas autoridades nacionais de saúde.

Ao final da manhã desta sexta-feira, as autoridades de saúde determinaram que “não havia nenhuma necessidade de manter a restrição para os outros passageiros e tripulantes que estavam negativos para sair de bordo”, tendo também sido levantadas as restrições à saída do navio cruzeiro.

“Neste momento, o navio não tem nenhuma limitação de movimentação dos passageiros e tripulantes que estão a bordo, estão todos negativos, e de saída do navio”, garantiu Vieira Branco.

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