O “sentido de missão” dos professores com horas extras manteve as escolas a funcionar
Para muitos, a retribuição pelo trabalho adicional não ultrapassa os 8 euros por hora. O trabalho de preparação ou avaliação não é pago. Daí que os docentes se queixem do esforço que lhes tem sido pedido para evitar que milhares de alunos continuem a não ter aulas. Poucos foram os que aderiram à greve convocada pela Fenprof, mas há uma expressão que se repete: os professores “estão esgotados”. Este cenário marcou o primeiro período do ano lectivo, que terminou ontem.
É quinta-feira e Pedro Vidinha já está na Secundária José Afonso, em Loures, desde as 8h00. Só mais de 12 horas volvidas vai abandonar, em definitivo, os portões da escola. Às 22h30 termina a última aula do dia. É assim, todas as semanas, desde que começou a acumular turmas do ensino secundário com um curso de Educação e Formação de Adultos, em horário nocturno.
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