Empregados da Google podem ser despedidos se recusarem a vacina contra a covid-19

Apple juntou-se à Google no adiamento indefinido do regresso ao trabalho presencial.

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Ambas as empresas têm sublinhado junto dos trabalhadores a importância da vacinação contra a covid-19 para um eventual regresso às instalações DADO RUIVIC

O aumento de casos de infecção pelo vírus SARS-CoV-2 e o aparecimento da variante Ómicron levou a Apple a adiar indefinidamente o regresso ao trabalho presencial, inicialmente previsto para Fevereiro.

De acordo com uma notícia avançada esta semana pela Bloomberg News, o presidente executivo da empresa, Tim Cook, enviou um email para os trabalhadores a anunciar o adiamento até uma nova data “ainda por determinar”.

A comunicação do regresso ao trabalho presencial a 1 de Fevereiro tinha sido em Novembro, mas a crescente preocupação com a propagação da variante Ómicron motivou a suspensão desses planos. O aumento de casos já teve impacto na actividade da Apple, que se viu obrigada a encerrar lojas em Miami, Ottawa e Annapolis devido a surtos. Nos seus pontos de venda, a empresa já voltou a impor o uso obrigatório de máscara.

Além do adiamento, Tim Cook também comunicou que cada trabalhador da empresa vai receber mil dólares para gastar em equipamento de escritório. Os funcionários da área de retalho da empresa também vão receber um bónus com o mesmo valor.

Também esta semana, a Apple enviou uma outra comunicação aos seus trabalhadores, esta quinta-feira, encorajando-os a vacinarem-se, relembrando que serão obrigados a partilhar o seu estado vacinal.

Preocupação semelhante tem a Google, que comunicou aos seus empregados que estes poderão ver os salários suspensos e enfrentar despedimento caso não cumpram as regras de vacinação da empresa.

A gigante tecnológica dá até 18 de Janeiro para que os trabalhadores apresentem provas de vacinação, em linha com a ordem executiva do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que obriga empresas privadas com mais de 100 trabalhadores a garantir até essa data que todos estão vacinados ou são testados regularmente.

A medida está suspensa devido a ordens do Tribunal de Recurso do Quinto Circuito e de um juiz federal de St. Louis, mas a Google vai pô-la em prática mesmo que não chegue a ser aprovada judicialmente – entretanto, a Administração Biden recorreu ao Supremo Tribunal norte-americano e aguarda o veredicto.

A empresa liderada por Sundar Pichai também tinha anunciado em Julho um regresso à actividade presencial em 2022, um plano assente numa cobertura vacinal completa dos seus trabalhadores, mas o recrudescimento de casos fez com que também recuassem com a medida no início deste mês.

Ainda assim, a empresa encorajou as pessoas a trabalhar nas instalações da empresa, onde as condições “permitem restabelecer laços com os colegas pessoalmente e e recuperar a memória muscular de estar no escritório com mais regularidade”.

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