Covid-19: dados apontam para que Ómicron seja mais benigna, mas mais transmissível

A OMS revela que a variante Ómicron parece propagar-se mais rapidamente do que a variante Delta, mas, por ora, os sintomas reportados são “leve a moderados”.

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A OMS diz que a variante Ómicron já foi detectada em 63 países EPA/CHAMILA KARUNARATHNE

A variante Ómicron do novo coronavírus que causa a covid-19 parece ser mais transmissível do que a variante Delta, provocar sintomas mais leves e tornar as vacinas menos eficazes, revelou este domingo Organização Mundial de Saúde (OMS). A OMS sublinha, no entanto, que as conclusões assentam ainda em dados muito parciais.

Segundo a agência da ONU, a variante Ómicron parece propagar-se mais rapidamente do que a variante Delta, que continua a ser predominante nas novas infecções no mundo. A transmissão mais rápida foi constatada não apenas na África do Sul, onde a variante Delta não é tão prevalente, mas também no Reino Unido, onde essa é a variante dominante.

A OMS ainda não sabe, por falta de dados, se a taxa de transmissibilidade elevada em populações fortemente imunizadas advém do facto de a Ómicron “escapar à imunidade, beneficiar de uma transmissibilidade mais elevada inerente ou se decorre de uma combinação dos dois factores”.

A organização admite como provável que a Ómicron venha a ultrapassar a Delta onde exista transmissão comunitária.

Dados insuficientes

Os dados são ainda insuficientes até para determinar a gravidade da doença provocada pela nova variante, ainda que por agora os sintomas pareçam ser “ligeiros a moderados”, tanto na África Austral, onde a Ómicron foi inicialmente detectada, como na Europa.

Quanto às vacinas contra a covid-19, os poucos dados disponíveis, assim como o perfil genético da variante Ómicron, deixam antever “uma baixa de eficácia” no que diz respeito contra a infecção e a transmissão.

Vários laboratórios farmacêuticos anunciaram já estar a trabalhar numa alteração das vacinas por forma a abranger de forma mais eficaz a nova variante.

A variante Ómicron já foi detectada em 63 países, explicou a OMS num ponto de situação feito este domingo, citado pela AFP.