Custos de construção de habitação nova sobem acima de 7% em Outubro
Os custos de construção de habitação nova terão subido acima de 7% pela primeira vez desde 2008, segundo a estimativa publicada esta quinta-feira pelo INE.
Os custos de construção de habitação nova mantiveram a tendência de subida acelerada que já vem sendo registada desde meados do ano passado e voltaram a aumentar acima de 7% em Outubro de 2021, mês em que o preço dos materiais cresceu quase 9% e o custo da mão-de-obra subiu em torno de 5%. Os dados, relativos ao Índice de Custos de Construção de Habitação Nova, foram divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em Outubro, mostram os dados do INE, o custo total da construção de habitação nova aumentou 7,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, valor que representa uma aceleração face à taxa homóloga de 6,8% que tinha sido registada no mês de Setembro (esta variação foi revista em baixa pelo INE, que, anteriormente, tinha estimado que os custos de construção de habitação nova teriam aumentado 7,1% em Setembro).
A confirmar-se a estimativa agora publicada pelo INE, Outubro será o primeiro mês desde 2008 em que este índice regista um aumento superior a 7%. Isto, numa altura em que os custos de construção têm vindo a crescer a ritmo acelerado há vários meses, fruto da crise das matérias-primas, agravada pela escassez de mão-de-obra e pelos constrangimentos nas cadeias logísticas. Em 2021, este índice mensal aumentou, em termos homólogos, sempre acima de 2%, ultrapassando os 6% a partir de Maio.
A contribuir para esta aceleração tem estado tanto a componente de materiais quanto o custo da mão-de-obra. No mês em análise, indica o INE, os preços dos materiais aumentaram 8,8% em relação ao ano passado (acima da variação de 8,3% verificada em Setembro), enquanto o custo da mão-de-obra subiu 5,4% (também acima da taxa de 4,7% observada em Setembro).
Já em relação ao mês anterior, o custo de construção de habitação nova aumentou, em Outubro, 0,8%. Nesse mês, o preço dos materiais subiu 0,9% e o custo da mão-de-obra registou um aumento de 0,6%.