A reacção repugnante de um ministro
Eduardo Cabrita exibiu perante o país uma horrenda falta de empatia pelos destinos da vítima e do homem que o servia como motorista. Responsabilidade, honra, lealdade ou grandeza moral não couberam na sua reacção.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, deixou esta sexta-feira de ser apenas o ministro que há muito acumulava erros atrás de erros, desleixos atrás de desleixos, muita falta de sentido de Estado ou o mínimo de condições políticas para se manter no cargo. A sua reacção à acusação do Ministério Público ao seu motorista tornou-o um ministro indigno do cargo que ocupa. Um político que envergonha a República. Dizer o que disse, que a acusação mostrava o “Estado de direito a funcionar” e resumir desta forma toda a tragédia que vitimou um homem e acusou outro homem sob as suas ordens e ao seu serviço tornam cada dia que permanecer no Governo de Portugal um insulto. Um homem assim, sem qualidades, não pode merecer qualquer condescendência, respeito ou protecção.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.