Amorim: “Temos um saldo positivo sem o Coates e sem o Palhinha”

Técnico do Sporting admite a importância dos dois grandes ausentes do derby, mas garante que tem substitutos de qualidade para jogar na Luz.

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Rúben Amorim, treinador do Sporting LUSA/TIAGO PETINGA

Há quatro indisponíveis no Sporting para o derby desta sexta-feira na Luz frente ao Benfica, mas nem todos têm o mesmo peso na equipa. E dois deles são mesmo dois dos “leões” mais importantes, João Palhinha (lesão muscular) e Sebastian Coates (covid-19). Mas Rúben Amorim, mesmo admitindo a importância dos dois, diz que estas duas ausências não diminuem a responsabilidade do Sporting neste “clássico” da 13.ª jornada da I Liga.

“As rotinas da equipa são muito fortes e vincadas, mudamos muitas vezes os jogadores e as dinâmicas estão lá. Temos um saldo positivo, quer sem o Palhinha, quer sem o Coates - e o último derby sem o Palhinha em Alvalade ganhámos. O que olhamos é para a ideia geral, a responsabilidade é a mesma, o Dani [Bragança] tem de jogar, o Ugarte tem de jogar, nada melhor do que os derbies para eles jogarem”, reforçou o técnico “leonino”.

Se a ausência de Palhinha já era um dado adquirido desde a última jornada, a indisponibilidade de Coates só se ficou a saber há um dia, depois de ter sido detectada uma infecção por covid-19. Com a infecção do uruguaio, o plantel ficou em alerta e Amorim admitiu alguma ansiedade nas horas em que não sabia com quem podia contar.

É algo que cria ansiedade. O Coates fez o teste e soubemos, e o pior foi a ansiedade de não saber. Mexe com todos, não saber com quem contamos. Mas temos de voltar a viver com essa incerteza”, assinalou Amorim, reconhecendo que Coates vai fazer falta nos dois lados do campo: “Se precisarmos de um segundo avançado para o jogo de cabeça, não temos. O Coates é mais do que um jogador para nós. Faz falta o Coates defesa e goleador. Vivemos muito das bolas paradas, e, por isso, tivemos de trabalhar e preparar outras coisas.”

Contra um Benfica, que é “uma grande equipa com um treinador experiente e com muitas soluções”, Amorim assume o objectivo de “claramente ganhar o jogo”. “Temos os mesmos pontos contra os mesmos adversários do ano passado, não sabemos que pontos é que vão fazer falta. São jogos importantes para os adeptos, se perdermos, perdemos a nossa posição, se empatarmos e o FC Porto ganhar, perdemos a nossa posição. Queremos fazer um bom jogo e um bom resultado é a consequência disso. Somos o Sporting vamos à luz para vencer e queremos manter a posição, temos de ganhar.”

Sobre o favoritismo que as casas de apostas dão ao Benfica no derby desta sexta-feira, Amorim diz que a sua equipa lida bem com isso: “Sentimo-nos muito confortáveis com isso. Se o dinheiro fosse meu, apostava no Sporting. Não somos favoritos, mas gostamos que seja assim.”

E a convivência com Jorge Jesus durante muitos anos, será uma vantagem para o Sporting no derby? Amorim diz que não: “Trabalhei muitos anos com o mister Jorge Jesus, mas o tempo passou. Conheço a forma de trabalhar e não mais do que isso. Mudando os jogadores, de pouco vale o tempo em que trabalhei com ele no Belenenses e no Benfica.”

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