Arrependa-se, Mário Nogueira

Impedir que as escolas recorram ao pagamento de horas extraordinárias para suprir a falta de professores é um grave atentado contra a escola pública, contra os alunos e, por consequência, contra o prestígio social dos professores

A crónica falta de professores abriu uma grave crise na escola pública, mas há quem em nome dos docentes esteja empenhado em a agravar. É a essa missão que se dedica com denodo a Fenprof, convocando uma greve às horas extraordinárias dos professores. Quando se fala, e com razão, na urgência imperiosa de restaurar a dignidade profissional dos professores, ou quando se defende que têm de reforçar a sua autonomia, autoridade e responsabilidade, o mais poderoso sindicato que os representa vem a público envolvê-los numa operação de sentido contrário. Não haja dúvidas: impedir que as escolas recorram ao pagamento de horas extraordinárias para suprir a falta de professores é um grave atentado contra a escola pública, contra os alunos e, por consequência, contra o prestígio social dos professores.  

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.