O número 46 da Praça da Flores é um aconchego onde não se vai, fica-se
Da convergência de interesses dos dois fundadores nasceu o 46 Lisboa. Clube, bar, restaurante, um “não-lugar” onde nada ganha destaque para que tudo seja possível. Da comida às artes, das bebidas ao impacto “consciente”.
Num final de tarde escuro e frio, entramos no 46 Lisboa como quem recebe um abraço reconfortante. Uma carpete de tom claro e cremoso sobe do chão ao topo da parede principal, envolvendo-nos “quase como se fosse a nossa placenta”, criando um refúgio aconchegante e intimista, pontuado por veludos, rosas e dourados, que a micro-escala do espaço ajuda a acentuar. Entre o balcão, o sofá junto à janela e o banco corrido ao fundo não se sentam mais de 20 pessoas. Para a decoração do mais recente projecto da Praça das Flores, em Lisboa, foi convidada uma directora de arte ligada ao cinema – e há algo de eminentemente cénico e “muito sensorial” no minimalismo estético do espaço.
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