Na COP26 suaviza-se a linguagem contra os combustíveis fósseis e atrasa-se de novo o financiamento
Nova versão da declaração final atira para 2025 a possibilidade de se conseguir obter os 100 mil milhões de dólares anuais estabelecidos para a mitigação e adaptação, e introduz o conceito de “subsídios ineficientes” para os combustíveis fósseis, enfraquecendo este ponto em relação ao texto inicial.
Glasgow acordou chuvosa e com novas propostas para o que hão-de ser as decisões finais da COP26, que deveria viver esta sexta-feira o seu último dia. Alguns dos receios dos observadores não se confirmaram, como a retirada do documento da referência aos combustíveis fósseis ou da data de 2022 para a apresentação de novas contribuições nacionais (NDC, na sigla inglesa). Mas a referência aos combustíveis fósseis aparece mais enfraquecida e para os países em vidas de desenvolvimento há mais uma machadada na expectativa de começarem a receber a ajuda de que necessitam: os 100 mil milhões de dólares para mitigação e adaptação que já deveriam estar disponíveis, anualmente, desde o ano passado, e que a primeira versão da declaração final atirava para 2023, salta agora para até 2025. Não há qualquer garantia que os textos fechem esta sexta-feira.
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