De Matthew Halsall a Travis Birds, há ainda muito para ouvir no Misty Fest
O festival que decorre em diferentes cidades e salas, tem ainda para oferecer, até ao fim do mês, nomes como Matthew Halsall, Wim Mertens, Joep Beving, Penguin Café, Lina Raül Refree ou Travis Birds.
Pela 12.ª edição do Misty Fest, que decorre ao longo de Novembro, em diversas salas, de diferentes cidades (Lisboa, Porto, Espinho, Coimbra, Setúbal, Braga e Torres Vedras), já passaram desde o início do mês, nomes como o da Nopo Orchestra e Suso Sáiz. Segue-se Matthew Halsall, que actuará esta quinta-feira no Museu do Oriente de Lisboa, e no domingo, no Auditório de Espinho. Com um som que se inspira no jazz espiritual de Alice Coltrane ou Pharoah Sanders, assim como nas influências electrónicas, o trompetista, multi-instrumentista e responsável pela editora Gondwana Records, Matthew Halsall, apresentar-se-á à frente de um sexteto da nova escola do jazz inglês.
Este sábado, o veterano pianista e compositor Wim Mertens, há muito conhecido dos palcos portugueses, estará no Convento São Francisco de Coimbra, e no dia seguinte, na Altice Fórum Braga. Nestes concertos, será acompanhado por dois músicos (violinista e violoncelista), viajando pelos marcos de Inescapable, bem como algumas das peças de The Gaze of the west, a sua mais recente obra. Este domingo, no Teatro Vírginia de Torres Vedras, e na segunda-feira, 15, no CCB em Lisboa, oportunidade para ouvir o trio de Avishai Cohen, um baixista e contrabaixista que estudou e que se formou enquanto tal em Nova Iorque, e onde se tornou braço direito de Chick Corea. Cohen vai buscar inspiração às canções folclóricas e poesias hebraicas, à clássica e ao jazz. Arvoles, o seu trabalho mais recente, será a base para um concerto com uma nova formação, com bateria e piano. Este domingo, haverá ainda a música cabo-verdiana, em particular, a morna, por Nancy Vieira, no Museu do Oriente, em Lisboa.
Na próxima semana, a 18 de Novembro, no Convento São Francisco de Coimbra, a 20 no Auditório de Espinho e, a 21 no Museu do Oriente, apresenta-se o pianista holandês Joep Beving, com grande capacidade de envolvimento, o que já levou a que as suas composições sejam descritas como “música para sonhos”. Na sua música o desenvolvimento orquestral e electrónico combina com o virtuosismo ao piano. A 22 de Novembro, será a vez do projecto Lina Raül Refree, subir ao palco do Teatro Maria Matos de Lisboa. Ou seja, o fado reinventado e reorquestrado a meias por uma fadista, Lina, e pelo catalão Raül Refree, que nos últimos tempos se tornou num dos mais cotados produtores de Espanha. A 28 Novembro na Casa da Música do Porto, a 29 no Teatro Tivoli de Lisboa, e a 30 no Convento São Francisco de Coimbra, oportunidade para ouvir a Penguin Café de Arthur Jeffes, reinvenção da mítica Penguin Café Orchestra, liderada pelo seu pai. O resultado é um estilo neo-clássico e de câmara, com uma leveza pop muito etérea.
Finalmente, a 26 de Novembro no Museu do Oriente de Lisboa, a 27 no Convento São Francisco de Coimbra, e a 28 no Auditório de Espinho, evoluirá a espanhola Travis Birds, autora de uma música que mistura uma dimensão cinemática, com flamenco, pop moderna e uma rugosidade que tem tanto de Tom Waits como de PJ Harvey. Vem apresentar o seu novo álbum, La Costa de Los Mosquitos.