Covid-19: reforço da vacina chegou a 46% da população elegível

Foram administradas 388 mil doses adicionais de vacinas para a covid-19. Contra a gripe, já foram vacinadas 873 mil pessoas.

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Dose de reforço chegou a 388 mil pessoas Nelson Garrido

A dose de reforço da vacina da covid-19 foi administrada a 388 mil pessoas, revelou a Direcção-Geral da Saúde (DGS) esta terça-feira. Neste momento, há 840 mil pessoas aptas a receber a dose adicional. Até meados de Dezembro, este número será alargado para cerca de 1,5 milhões de utentes.

Na segunda-feira foram inoculadas com uma vacina adicional mais 33.600 pessoas. Contas feitas, a inoculação extra já chegou a 46% dos indivíduos com 65 ou mais anos vacinados com a segunda dose há, pelo menos, 180 dias. 

Segundo a DGS, foram administradas 245 mil doses da vacina da gripe em simultâneo com doses de reforço para a covid-19. Só esta segunda-feira foram mais 42.900 pessoas. No total, foram inoculadas 873 mil com a vacina para o vírus da gripe. 

No total, 86,2% dos portugueses têm a vacinação completa contra a covid-19.

Esta segunda-feira foi aberto o auto-agendamento de vacinas para pessoas com 70 ou mais anos. Nas primeiras 24 horas, a DGS registou 23.800 pedidos de agendamento.

“Os utentes com 80 ou mais anos que tencionam dirigir-se a um Centro de Vacinação devem consultar o horário da Casa Aberta do Centro de Vacinação da sua residência”, informa a DGS.

Dia de aceleração

Esta segunda-feira foi o dia em que estava prevista uma aceleração no programa de vacinação, indicação deixada pela directora-Geral da Saúde. No domingo, em entrevista à SIC, Graça Freitas refutou as críticas deixadas pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, que considera que a liderança do processo de vacinação ficou “órfã” depois da saída do vice-almirante Henrique Gouveia e Melo. Miguel Guimarães apontou ainda uma preocupação com os atrasos na vacinação contra a gripe sazonal. 

“Não é por ser administrada em conjunto. É porque, em Outubro e por uma questão de capacidade de nos entregarem vacinas, não tivemos número suficiente para vacinar em massa. Por isso, escolhemos, no SNS, vacinar os mais vulneráveis: 80 ou mais anos de idade, todas as pessoas em lares e estruturas semelhantes”, explicou Graça Freitas.

A directora-Geral da Saúde adiantou ainda que quem estiver elegível para a vacina da gripe, mas não estiver para a vacina de reforço contra a covid-19, não precisa de esperar para poder fazer a toma conjunta. Ou seja, quem conseguir ser já vacinado contra a gripe sazonal deve fazê-lo sem prejuízo para a toma de uma dose adicional anticovid. Até porque o país já não tem problema de escassez de vacinas da gripe, existindo capacidade para aumentar estas inoculações. 

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