Dois adolescentes entre as oito mortes no concerto de Travis Scott

A polícia revelou que a investigação criminal às mortes envolve também detectives de narcóticos, na sequência de relatos de que alguém no público estava “a injectar outras pessoas com drogas”.

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As mortes aconteceram no festival Astroworld, em Houston Reuters/DANIEL KRAMER
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Estão a decorrer pelo menos duas investigações, uma delas criminal, aos incidentes no festival Astroworld, em Houston (EUA), onde oito pessoas morreram e dezenas ficaram feridas durante a actuação do rapper Travis Scott, o criador do evento.

As vítimas mortais eram jovens: morreram dois adolescentes, um de 14 e outros de 16 anos, e a mais velha tinha 27 anos, disse o mayor de Houston, Sylvester Turner, este sábado, em conferência de imprensa. Uma oitava vítima ainda está por identificar. Das 25 pessoas hospitalizadas no sábado, 13 continuam internadas e, destas, cinco são menores de idade. 

As autoridades avançaram no sábado que estão a agilizar a realização das autópsias às vítimas mortais para que os corpos possam ser entregues às famílias o mais depressa possível, esperando poderem divulgar a identidade de algumas já este domingo.

A polícia revelou que a investigação criminal às mortes envolve também detectives de narcóticos, na sequência de relatos de que alguém no público estava “a injectar outras pessoas com drogas”. 

Os incidentes que causaram as mortes ocorreram por volta das 21h30, no NRG Park, quando Travis Scott actuava, no que a polícia descreve como um agravamento súbito do comportamento indisciplinado que se verificou durante a tarde.

Embora algumas das vítimas tenham sido esmagadas pela multidão — tinham sido vendidos cerca de 50 mil bilhetes, mas o espaço tem capacidade para mais do dobro das pessoas —, as autoridades estão a investigar vários relatos que dão conta da utilização de drogas. Uma segurança relatou ter sentido uma picada antes de desmaiar, tendo sido tratada com uma dose de naxolona, que é dada em casos de sobredosagem de opióides, disse o chefe da polícia, Troy Finner. 

Travis Scott recorreu às redes sociais para lamentar a tragédia, dizendo-se “absolutamente devastado” e assegurando que enquanto actuava não se apercebeu da gravidade da situação. Durante o concerto, que contou com a presença de Drake, o rapper parou várias vezes para pedir à segurança para intervir e ajudar pessoas em dificuldades no público.