Rangel responde a Rio e recusa “suspender” eleições internas

Candidato à liderança do PSD escreveu aos militantes, opondo-se à ideia de adiar a escolha do novo líder social-democrata.

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Paulo Rangel considera que as directas e as legislativas antecipadas são compatíveis LUSA/RODRIGO ANTUNES

Paulo Rangel recusa-se a “suspender” o processo eleitoral interno para preparar as legislativas antecipadas. É a resposta, também por carta dirigida aos militantes, do candidato à liderança do PSD já depois de apoiantes seus terem vindo a público defender a manutenção das directas e do congresso.

“O PSD tem de honrar a sua tradição democrática e plural, tem de olhar para as eleições internas como um momento para debater o país e preparar as legislativas. Não precisamos de ‘suspender’ a democracia para ganharmos as legislativas”, escreveu Rangel.

O candidato à liderança do PSD insiste na necessidade de que o novo líder “esteja legitimado pelos militantes e com o mandato para disputar de igual para igual e em plena força as eleições gerais”. Na carta, Rangel considerou que o momento “é histórico” e que os militantes têm na sua mão “o poder de, ao mesmo tempo que elegem o seu líder, escolher o próximo primeiro-ministro de Portugal”.

A posição surge um dia depois de a comissão permanente liderada por Rui Rio ter enviado uma carta aos militantes com um novo apelo à reflexão sobre a realização de eleições directas neste momento de crise política – considerando-as “totalmente desajustadas”.

As eleições directas para a escolha do novo líder do PSD estão marcadas para 4 de Dezembro e o congresso (em que são eleitos os restantes órgãos nacionais) está previsto para 14 a 16 de Janeiro, embora Paulo Rangel pretenda a antecipação desta reunião magna para os dias 17 a 19 de Dezembro.

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